quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019


 Relação Vergonhosa. Venezuela, Ajuda Humanitária e Nicolás Maduro

Há na alma humana o sonho do poder de determinar e controlar a tudo e a todos. Doentio. Aí se encaixam as figuras de ditadores e tiranos. Vale entender a diferença entre tais definições. O ditador, se crê dono das decisões de um povo, que na figura dele -o ditador- está representado, portanto, não existe a intenção de submeter o povo ao sofrimento. O tirano é aquele que dita à multidão e sente-se superior a ela, tem pelo povo desprezo, não estabelecendo limites para suas fantasias de poder. Nicolás Maduro é um tirano, ele aprisiona, tortura, massacra e mata sua própria gente.  Não aceita qualquer tipo de descontentamento e oposição ao seu governo e nada que não funcione pode lhe ser imputado. A prova cabal desta situação acontece agora, quando ajuda humanitária é enviada ao povo venezuelano na forma de alimentos e medicamentos. Maduro fecha a fronteira, não deixa o auxílio ser levado até o povo carente. Não, não é permitido. Maduro só aceita a ajuda se lhe for entregue através das instituições estatais, as quais, armazenarão e entregarão, segundo critérios próprios, a quem necessita. Eis aí a atitude tirânica, ao invés de socorrer homens, mulheres e crianças que imploram por ajuda, vê antes seus interesses pessoais cujo ápice é inflar sua figura grotesca. Não, o socorro só virá através da mão do tirano mestre e senhor dos destinos, ele escolherá quem receberá o quê e em quê porção. Em troca, por óbvio, exigirá apoio e submissão numa corrente de escravos agradecidos. Trata seres humanos como nem o animal pode ser tratado. O tirano supremo, no fundo, sente asco pela sua própria gente, enquanto se considera um Ser ungido pelo divino que  ilumina o caminho para comandar uma revolução onde, com seus acólitos formados por militares corruptos, narcotraficantes e estrangeiros marxistas, formam uma linha intransigente na defesa da dolce vita que a mentira e o ouro lhes concede. Para a gente venezuelana resta o inconformismo com a vida absurda, numa luta que carrega a certeza do momento de justiça histórica quando o punhal da vingança chegará ao coração dos farsantes desumanos.
JR Vilhena

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