Relação
Vergonhosa. Venezuela, Ajuda Humanitária e
Nicolás Maduro
Há na alma humana o sonho do poder de
determinar e controlar a tudo e a todos. Doentio. Aí se encaixam as figuras de
ditadores e tiranos. Vale entender a diferença entre tais definições. O ditador,
se crê dono das decisões de um povo, que na figura dele -o ditador- está
representado, portanto, não existe a intenção de submeter o povo ao sofrimento.
O tirano é aquele que dita à multidão e sente-se superior a ela, tem pelo povo
desprezo, não estabelecendo limites para suas fantasias de poder. Nicolás Maduro
é um tirano, ele aprisiona, tortura, massacra e mata sua própria gente. Não aceita qualquer tipo de descontentamento e
oposição ao seu governo e nada que não funcione pode lhe ser imputado. A prova cabal
desta situação acontece agora, quando ajuda humanitária é enviada ao povo
venezuelano na forma de alimentos e medicamentos. Maduro fecha a fronteira, não
deixa o auxílio ser levado até o povo carente. Não, não é permitido. Maduro só
aceita a ajuda se lhe for entregue através das instituições estatais, as quais,
armazenarão e entregarão, segundo critérios próprios, a quem necessita. Eis aí
a atitude tirânica, ao invés de socorrer homens, mulheres e crianças que
imploram por ajuda, vê antes seus interesses pessoais cujo ápice é inflar sua
figura grotesca. Não, o socorro só virá através da mão do tirano mestre e
senhor dos destinos, ele escolherá quem receberá o quê e em quê porção. Em
troca, por óbvio, exigirá apoio e submissão numa corrente de escravos
agradecidos. Trata seres humanos como nem o animal pode ser tratado. O tirano
supremo, no fundo, sente asco pela sua própria gente, enquanto se considera um
Ser ungido pelo divino que ilumina o
caminho para comandar uma revolução onde, com seus acólitos formados por
militares corruptos, narcotraficantes e estrangeiros marxistas, formam uma
linha intransigente na defesa da dolce vita que a mentira e o ouro lhes concede.
Para a gente venezuelana resta o inconformismo com a vida absurda, numa luta
que carrega a certeza do momento de justiça histórica quando o punhal da
vingança chegará ao coração dos farsantes desumanos.
JR Vilhena
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