Na minha infância em Porto Alegre, carroças circulavam em grande número na cidade. Faziam parte do cotidiano social e comercial da população. Através delas, chegavam verduras, leite e pão. Os cavalos, que as tracionavam, chamavam minha atenção, pois na cabeça, lateralmente aos olhos, assentavam-lhes viseiras. O guri não compreendia porquê. Até que veio a razão. Era para impossibilitar aos pobres animais desviar o olhar do caminho determinado, assim, permaneciam confinados nele. Sem as bitolas, poderiam, numa visão ampliada, desviarem-se do papel a eles destinado. Mutatis mutantes, há similitude com o debate político atual, pretensamente dividido entre esquerda e direita. O quê significa esta divisão? Tais conceitos surrados, parecem artificialidades ficcionais quando se mira no detalhe, e fica claro o trato igual dado aos fundamentos da vida civilizada. No alardeado antagonismo destas ideologias, nada há, na prática, que lhes difira na abordagem dada à educação do povo, às tradições culturais das nações, aos critérios utilizados para com o meio ambiente, à saúde das pessoas ou à liberdade do individuo. A palavra é distinta mas o hálito é o mesmo Esquerda-Direita, tratam-se de estratégias diferentes para estabelecer um projeto de poder de grupos da hora que almejam ganhos políticos e econômicos mesquinhos. O bem estar e felicidade das pessoas, danem-se. Sob uma visão fanatizada e medíocre, trabalham ensandecidos, para implantar uma agenda globalísta que lhes é desconhecida. Em formas diferentes, caminha a mesma intenção de controlar a civilização humana. Imperceptivelmente. Para sair do jogo é preciso arrancar as viseiras e, com conhecimento e responsabilidade, tomar as rédeas do próprio destino. Mesmo que doa. Governos representam a vontade dos governados, não a de grupos iluminados, encastelados em torres de marfim, definindo o que é bom ou ruim. Cavalos não tem dedos para arrancar viseiras, mas humanos possuem inteligência para desfazer enganos e ampliar atitudes.
sábado, 6 de agosto de 2016
Na minha infância em Porto Alegre, carroças circulavam em grande número na cidade. Faziam parte do cotidiano social e comercial da população. Através delas, chegavam verduras, leite e pão. Os cavalos, que as tracionavam, chamavam minha atenção, pois na cabeça, lateralmente aos olhos, assentavam-lhes viseiras. O guri não compreendia porquê. Até que veio a razão. Era para impossibilitar aos pobres animais desviar o olhar do caminho determinado, assim, permaneciam confinados nele. Sem as bitolas, poderiam, numa visão ampliada, desviarem-se do papel a eles destinado. Mutatis mutantes, há similitude com o debate político atual, pretensamente dividido entre esquerda e direita. O quê significa esta divisão? Tais conceitos surrados, parecem artificialidades ficcionais quando se mira no detalhe, e fica claro o trato igual dado aos fundamentos da vida civilizada. No alardeado antagonismo destas ideologias, nada há, na prática, que lhes difira na abordagem dada à educação do povo, às tradições culturais das nações, aos critérios utilizados para com o meio ambiente, à saúde das pessoas ou à liberdade do individuo. A palavra é distinta mas o hálito é o mesmo Esquerda-Direita, tratam-se de estratégias diferentes para estabelecer um projeto de poder de grupos da hora que almejam ganhos políticos e econômicos mesquinhos. O bem estar e felicidade das pessoas, danem-se. Sob uma visão fanatizada e medíocre, trabalham ensandecidos, para implantar uma agenda globalísta que lhes é desconhecida. Em formas diferentes, caminha a mesma intenção de controlar a civilização humana. Imperceptivelmente. Para sair do jogo é preciso arrancar as viseiras e, com conhecimento e responsabilidade, tomar as rédeas do próprio destino. Mesmo que doa. Governos representam a vontade dos governados, não a de grupos iluminados, encastelados em torres de marfim, definindo o que é bom ou ruim. Cavalos não tem dedos para arrancar viseiras, mas humanos possuem inteligência para desfazer enganos e ampliar atitudes.
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