A Questão Síria
A Síria é um pequeno e pobre país. Seu
território no Oriente Médio não dispõe de petróleo ou outras riquezas minerais.
Com limitadas áreas agricultáveis e sem industrialização significante, tudo
indica uma posição de pouco relevo entre as nações. Entrementes, o território
sírio existe numa crítica área geopolítica. Atalho para a rota do óleo extraído
no Iraque e Arábia Saudita e destinado à Europa, também é o único país da
região onde há uma base Russa numa vantajosa posição para o Mediterrâneo, faz
fronteira com Israel nas disputadas e vitais colinas de Golan local de
nascentes d’agua e ponto de observação da planície israelense. Vai além a importância
cia Síria, o Hezbollah aquartela-se lá e os chineses procuram tenazmente utilizá-la como cabeça de ponte para
estabelecer interesses junto aos árabes. Como forma estabilizante nesta
fogueira de intenções, o país vive há 40 anos sob a ditadura da família Assad. Debaixo do despotismo e atraso, esta sociedade
foi presa fácil à alardeada Primavera Arabe, indutora da insurgência popular,
seguida duma guerra civil e
posteriormente uma invasão militar perpetrada pelo auto denominado Estado
Islâmico. A guerra interna tomou dimensões pavorosas, acabou por envolver na
sua rede EUA, Rússia e Europa. Na
carnificina, o governo do ditador, é o que se afirma, utilizou armas químicas
para atingir um bastião inimigo. Terrível. O presidente Donald Trump entrou em
ação. Diante da atroz morte das vítimas do gás, usou o jargão humanitário para lançar
mísseis sobre os acusados do ataque químico. Sem vacilar. Julgar o governo dos
EUA é difícil, mas compreender a mensagem implícita nos Tomahawks é fácil: não
avancem o sinal, haverá resposta dura a quem tentar desafiar os códigos estabelecidos.
A Era da politica tolerante do governo Obama, acabou. O recado chega direto à China e sua protegida
Coréia do Norte, às organizações ocultas e suavemente à Rússia. O resultado da
virilidade decidida será trazido pelo tempo. Aguardemos.
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