O
Brasil precisa ser entendido
A historiografia da república brasileira é
a narrativa de persistentes crises organizacionais. Enfrentamos, desde 2014,
mais um destes aflitivos momentos históricos. Impossível assimilar tal ritmo de
vida e, sobretudo, preocupa quando a perspectiva propagada, através da mídia, de
opiniões formadoras da certeza que uma recuperação econômica poria o país no
caminho do desenvolvimento. Tese incompleta. Ora, entre outros pré-requisitos,
há fundamentos indispensáveis para o Brasil encontrar o destino do equilíbrio,
trazido com o desejado progresso sustentado. A começar pela necessidade de
educar sua gente, deflagrando assim, o conhecimento necessário para fazê-la entender
a própria existência. Some-se a esta pedra angular, o fato dum país gigantesco,
com imensa capacidade de produzir riquezas, necessita imperiosamente duma rede
de mobilidade e transporte e - não dispomos de ferrovias, hidrovias, rodovias, portos,
aeroportos- capacitados para exercer infraestrutura eficiente e eficaz. Mas,
não pára por aí, uma sociedade ajustada deve facilitar a geração de empregos, e
a legislação tributária e trabalhista tupiniquim inviabiliza a pequena e média
empresa, além de desestimular o grande empreendedor. Como ponto apoteótico, em
terras brasílicas prospera a ideia dum Estado mastodôntico e principal
empregador da sociedade. Meu Deus. Claro está: ao não compreender a insólita pirâmide
que estes quatro pontos definem, o País quedará à mercê da Banca Financista
Global, momentoso socorredor e eventual agente impulsionador de economias desorientadas.
Nave sem porto seguro, velas desfraldadas o Brasil navega rumo a uma civilização
contaminada pelo crime, corrupção, doença, pobreza, destruição da natureza e perda
de valores éticos. Neste processo autofágico, a nação acredita ou finge crer,
ser possível achar cura para tais mazelas. Comete o grave erro de tentar
resolver problemas combatendo as consequências e não as causas dos mesmos.
Aguardemos, o Tempo mostrará a Verdade.
José
Maria Rodrigues de Vilhena