sexta-feira, 11 de setembro de 2015

SUSTENTABILIDADE

Sustentabilidade não é mera palavra

Diante das tragédias e degradação ambiental, corriqueiras nos dias atuais, a proposta da civilização de consumo em larga escala foi atingida pela angustia do colapso futuro, doença surgida diante dos irrefutáveis sinais de que existe um limite ecológico capaz de frear o movimento econômico global. Apareceu então, há quase 20 anos, como forma purgadora dos abusos realizados na Natureza, a palavra mágica: sustentabilidade. Qual ideia esta expressão encerra? Eis a questão. Posso assegurar, poucos conhecem. Parece que a intenção central deste dar-se conta é manter lucrativos os negócios e tranquilizar a população sempre disposta a usar o exemplo do avestruz que prefere desconhecer o perigo a enfrentá-lo. Bem, reconheço, com tal finalidade, a bandeira-mantra, sustentabilidade, alcançou o objetivo. Por outro lado, encobre o real e gigantesco desafio a ser vencido. Decifra-me ou te devoro. É preciso estar atento. Ao retirar a fácil propaganda ambiental postada na mídia, desvela-se  a realidade complexa dum processo que lança a humanidade a existir num planeta superpovoado, onde rios e mares estão decadentes, alimentando-se com produtos agressivos à saúde, sofrendo a modificação climática  da Terra, catatônica diante da destruição cruel da biodiversidade animal e vegetal e numa sociedade cada vez mais demandadora duma produção energética capaz de atender as necessidades de consumo. Situação  insustentável a longo prazo. Tão real é o desajustamento, que o refletimos nas relações  sociais, o ser humano vive envolvido pela violência, corrupção, indiferença e solidão. Não, não é o apocalipse, trata-se de uma encruzilhada. Para aonde caminharemos? Harmonia ou caos. Da cabeça e do coração do homem virá a resposta. Pois  capacidade cientifica para vencer os desafios postos , os humanos possuem, talvez venha a faltar inteligência e ética  para fazê-lo.
José Maria Rodrigues de Vilhena


3 comentários :

  1. Parabéns,em boa hora chega seu blog! Partilhar suas reflexões e associações das açoes do homem ontem e as consequências para atualidade, propícia a todos pensar e repensar os caminhos da humanidade.

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  2. O ser humano não é cooperativo pôr natureza. A individualidade, o investimento em sí, cada um uma empresa, somos como sugados pelo corpo pleno do capital dinheiro. É um processo esquizofrênico, não adianta apelar por racionalidade, está só mascara a realidade. Talvez só quando estivermos a beira da morte, possamos nos unir. Aquele momento em que a preza é pega pelo predador, o momento da verdade.

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  3. O ser humano não é cooperativo pôr natureza. A individualidade, o investimento em sí, cada um uma empresa, somos como sugados pelo corpo pleno do capital dinheiro. É um processo esquizofrênico, não adianta apelar por racionalidade, está só mascara a realidade. Talvez só quando estivermos a beira da morte, possamos nos unir. Aquele momento em que a preza é pega pelo predador, o momento da verdade.

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