Sustentabilidade não é mera palavra
Diante das
tragédias e degradação ambiental, corriqueiras nos dias atuais, a proposta da
civilização de consumo em larga escala foi atingida pela angustia do colapso
futuro, doença surgida diante dos irrefutáveis sinais de que existe um limite ecológico
capaz de frear o movimento econômico global. Apareceu então, há quase 20 anos, como
forma purgadora dos abusos realizados na Natureza, a palavra mágica:
sustentabilidade. Qual ideia esta expressão encerra? Eis a questão. Posso assegurar,
poucos conhecem. Parece que a intenção central deste dar-se conta é manter
lucrativos os negócios e tranquilizar a população sempre disposta a usar o
exemplo do avestruz que prefere desconhecer o perigo a enfrentá-lo. Bem,
reconheço, com tal finalidade, a bandeira-mantra, sustentabilidade, alcançou o
objetivo. Por outro lado, encobre o real e gigantesco desafio a ser vencido.
Decifra-me ou te devoro. É preciso estar atento. Ao retirar a fácil propaganda
ambiental postada na mídia, desvela-se a
realidade complexa dum processo que lança a humanidade a existir num planeta
superpovoado, onde rios e mares estão decadentes, alimentando-se com produtos agressivos
à saúde, sofrendo a modificação climática da Terra, catatônica diante da destruição
cruel da biodiversidade animal e vegetal e numa sociedade cada vez mais
demandadora duma produção energética capaz de atender as necessidades de
consumo. Situação insustentável a longo
prazo. Tão real é o desajustamento, que o refletimos nas relações sociais, o ser humano vive envolvido pela violência,
corrupção, indiferença e solidão. Não, não é o apocalipse, trata-se de uma
encruzilhada. Para aonde caminharemos? Harmonia ou caos. Da cabeça e do coração
do homem virá a resposta. Pois capacidade
cientifica para vencer os desafios postos , os humanos possuem, talvez venha a
faltar inteligência e ética para
fazê-lo.
José Maria
Rodrigues de Vilhena
Parabéns,em boa hora chega seu blog! Partilhar suas reflexões e associações das açoes do homem ontem e as consequências para atualidade, propícia a todos pensar e repensar os caminhos da humanidade.
ResponderExcluirO ser humano não é cooperativo pôr natureza. A individualidade, o investimento em sí, cada um uma empresa, somos como sugados pelo corpo pleno do capital dinheiro. É um processo esquizofrênico, não adianta apelar por racionalidade, está só mascara a realidade. Talvez só quando estivermos a beira da morte, possamos nos unir. Aquele momento em que a preza é pega pelo predador, o momento da verdade.
ResponderExcluirO ser humano não é cooperativo pôr natureza. A individualidade, o investimento em sí, cada um uma empresa, somos como sugados pelo corpo pleno do capital dinheiro. É um processo esquizofrênico, não adianta apelar por racionalidade, está só mascara a realidade. Talvez só quando estivermos a beira da morte, possamos nos unir. Aquele momento em que a preza é pega pelo predador, o momento da verdade.
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