sábado, 21 de novembro de 2015

A Sinfonia Desastrosa

Horror e tristeza, são os sentimentos que nos ocorrem com o atentado em Paris. Mortos e feridos somam centenas de vitimas. Imediatamente, a  rede global de informação( Ou será propaganda?) bombardeia os quatro cantos do mundo com o espetáculo de barbárie. Transcorre o usual. O personagem central, sobre quem caem as luzes, são os intitulados terroristas, neste caso, o grupo Estado Islâmico. Porém, é atrás das cortinas que encontraremos os protagonistas fundamentais: as razões do ato, o surgimento do E.I e sua logística. Agregando os personagens do palco e da coxia  é possível entender o momento histórico onde estamos. Não precisa ser muito arguto para perceber  que a disputa pelo controle dos negócios do petróleo e a criação, não consensuada, do Estado de Israel no Oriente Médio, acenderam um rastilho de pólvora cuja chama  caminha célere na direção de uma carga explosiva de capacidade destrutiva impossível de ser avaliada. A criação dos  mentores da geo-politica mundial, no intuito de manter a região sob a tutela dos seus interesses,de países submetidos à chefia de clãs ou lideres regionais , via de regra despreparados para o comando de região tão estratégica à economia global, gerou uma situação de vizinhança hostil e disponibilidade de recursos fartos nas mãos de poucos.Foi o caudal,  necessário e suficiente, para iniciar um processo de guerras e atentados terroristas que perpassam décadas. Diante da instabilidade social, politica e econômica dos países árabes ou arabizados da região, a única força capaz de dar sentido aos  interesses da população tornou-se a  unidade religiosa, o Islã. E aparentemente, em seu nome, as atrocidades vão sendo cometidas, num mundo cada vez mais prisioneiro de um conflito  difícil de solucionar. De forma ágil , podemos concluir: Causas, são conhecidas,- solução, longe de encontrar, -consequências, - estas parecem claras,  e sobre elas devemos focar nossa atenção. O terror lança a humanidade num acelerado processo de medo ao inimigo invisível. Assim, tendo o medo como conselheiro, a civilização humana escolhe o controle e a ordem global como gestora da vida dos cidadãos. A instabilidade no Médio Oriente espalha miséria e terror pelo planeta e diante da realidade nova e chocante,  vem o consentimento à vigilãncia total e punição sumária. Do sangue e das lágrimas, grupos politicos e econoôicos  auferem poder inimaginável. Sob as trombetas desta sinfonia desastrada a civilização marcha para um admirável mundo novo.

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