sábado, 28 de novembro de 2015

O rio Doce que faz chorar

A tragédia ecológica no rio  Doce, Minas Gerais, é  prova eloquente de que a questão ambiental, para o mundo real da humanidade, está muito longe de ser enfrentada com seriedade, responsabilidade e, sobretudo ,amor. Infelizmente,  o Brasil neste caso, é o triste protagonista do terror exterminador da Natureza. Paradoxalmente, nossa legislação ambiental é avançada , contudo,incapaz de frear interesses  econômicos e politicos avassaladores. A lei não vence a malicia.Há um descompasso entre educação , consciência  e interesses pecuniários. Legislar é o tratado social do hábito, o que neste caso, não é realidade. Em terras brasileiras é incipiente o respeito pela Natureza,é fato histórico. Exportar minério de ferro e auferir seus ganhos negociais, mostrou na barragem de Mariana,  ser o interesse prioritário e soberbo da mineradora. Senão vejamos, a mineração de uma unidade deste porte tem, necessariamente, de possuir um Estudo de Impacto Ambiental e no seu relatório deve constar  medidas a serem tomadas em caso de emergência. Ninguém toca no assunto. Expondo  no campo técnico da engenharia, a bacia de rejeitos  fica contida por uma barragem , que o projeto define. No caso, a barragem construída foi de terra, onde cargas são especificadas sobre a peça e o solo, definindo materiais e  métodos construtivos capazes de garantir estanqueidade extremamente segura à construção. Ninguém toca no assunto.  Diante do fato consumado, barragem rompida e a tragedia que se seguiu, é sempre a mesma conversa : multas, campanhas de solidariedade e proselitismo politico. O terrivel drama da realidade é o que fica.A contaminação do Rio Doce e parte da  sua bacia hidrográfica , por anos a fio.Fauna aquática e flora ciliar, desbaratadas com uma carga de rejeitos tóxicos e físicos  alarmantes. Dezenas de seres humanos mortos, centenas de cidadãos perdem o trabalho, milhares ficam sem água potável disponivel.   Eis a triste história , cuja cicatriz  sobre a região, nunca  se apagará. As pessoas continuarão vivendo, mais cansadas e mais abatidas. Quanto tempo ainda passará a[e que a cobiça humana ceda lugar à justiça. Só o tempo dará a resposta. Enquanto isso, aprendamos que aquilo que ocorrer à Terra  ocorrerá a nós.  

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