Lula , o Supremo
Se não me falta a memória, foi
Fernando Pessoa quem disse: Deus mora nos detalhes. Detalhes me fascinam e instigam, coisa de personalidade, eu acho. Houve sempre em mim a crença de que
era necessário conhecer o imperceptível , o que está nas entrelinhas. Onde
poucos detinham o foco, ali estava o segredo das coisas e das atitudes. Nesta
crise desconcertante que assola o Brasil, causa-me estranheza a postura do ex-presidente
Lula da Silva e de seus apaniguados. Desveladas situações inexplicáveis, e na iminência
de ser preso, o ex-presidente da república revela nos seus contatos telefônicos
grampeados a total indiferença para com o sentimento da população brasileira.
Em nenhum momento, faz referência ao movimento espontâneo de sete milhões de
pessoas nas ruas, tampouco dezenas de milhares de pessoas gritando contra ele,
a presidenta e o PT nos estádios de futebol. Panelaço, não existe para ele,
redes sociais visualizadas milhões de vezes em oposição ao comando político da
nação, a insatisfação nas conversas de rua, nada disto existe ou tem importância
para Lula da Silva. Só importa ele, o incrível operário, perseguido por um juiz e
agentes da Polícia Federal, todas as suas dificuldades advém de tais
personagens. Sua percepção indiferente ao povo, o leva a imaginar reações de
gabinete: troca de Ministros, medidas judiciais, declarações de deputados patéticos, reuniões de
sindicatos subornados e pretensos movimentos sociais dominados. A voz das ruas
não importa. Senhoras e senhores, estamos diante de Lula -el supremo- contra o
qual é inadmissível insurgir-se. Com sinceridade, o ex-presidente mergulhou num
surto esquizofrênico, perdeu o senso de realidade. Não a identifica e foi
dominado, junto com seus parceiros de partido, pela cegueira do poder. Não
conseguem entender como a população pode não compactuar com seu projeto onde os
fins justificam os meios, mesmo que tais meios estejam mergulhados na imundice.
São incapazes de assimilar que inconvenientes, ou pedem para sair ou levam um
pontapé na bunda. Tchau!
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