quarta-feira, 24 de maio de 2017

O jogo de Xadrez sobre o tabuleiro do Brasil

Xadrez, Jogo, Estratégia, Conselho
A turbulência política que assola o Brasil bem demonstra a inexistência de um pensamento conservador capaz de organizar oposição consistente no País. Depois do impeachment de Dilma Rousseff, quando então assume Michel Temer, vice-presidente, aliado e alinhado com o projeto político da esquerda brasileira, o País é assolado pela luta interna da Mafiocracia que o dirige. A massa de manobra lobotomizada, esbraveja: Fora Temer, Golpe, Lula herói do povo brasileiro. Zumbis estúpidos, incapazes de perceber as verdadeiras intenções dos movimentos político burocráticos em suas táticas para mudar o status quae, fazendo com que tudo permaneça igual. A macroestrutura político partidária mantém os mesmos princípios e objetivos. Os partidos continuam com os eternos comandos, arregimentando os tolos da hora para reinventarem-se como novas soluções democráticas. Só rindo. Por outro lado, a força conservadora da sociedade não se organiza, tampouco se renova, seu discurso permanece no campo das finanças, imaginando o liberalismo econômico como grande solução. Na verdade, tal doutrina, no Brasil, serve para garantir nichos de mercado assegurando bons negócios, via de regra, ao grande capital. Desta forma,  segundo seus defensores, tudo estará pronto para reerguer o País. Sim, uma economia fluindo é fundamento duma civilização. Ponto importante, mas insuficiente para um ambiente civilizacional sustentável. O Brasil precisa passar por uma concepção filosófica de existência, é urgente, sob o risco de desaparecer. Pensar, de fato no Brasil, é deflagrar um processo que construa seguros pilares, onde se assentem a estrutura da educação, ética, identidade nacional, bem querer pela gente e natureza do País. A partir daí, construir uma civilização organizada, justa e honrada. Enquanto houver a pretensão de combater as ameaças que assolam a nação unicamente com índices estatísticos de economia, cairemos na arapuca de imaginar que a riqueza pecuniária é o valor único e suficiente para desenhar uma nação. Será um eterno vai e vem entre momentos de alivio e desespero. Claro, tudo muito regado a futebol, festa e tecnologia para macacos.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

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O alcance das pichações urbanas (ou tática da guerra cultural)

 Muito se tem comentado sobre pichações nos prédios e monumentos das cidades brasileiras. De fato, são degradantes. Reconheçamos, fazem parte da decadência urbana no Brasil. Urge entender razões e consequências deste fenômeno num País onde 85% da população mora em zonas urbanas, e, grande parte dela, vive em metrópoles ou megalópoles, resultado dum continuo e desorganizado processo de migração humana.  A urbe é uma entidade ecológica, portanto, não há dúvidas que a condição urbanística influência decisivamente a civilização brasileira. Já disse o poeta: o homem está na cidade e a cidade está no homem. A partir daí, é possível tomar consciência dum polinômio estético demolidor do ser humano. As pichações são um termo de tal equação. A Filosofia ensina que o belo é o esplendor do bem, agredir a polis resultará na ascensão do mal. Assim, é possível conectar as pichações-expressão da desilusão, ignorância e desesperança da juventude-, a arquitetura medíocre e negocial das cidades, o trânsito ansioso de veículos, o ruído constante do trabalho que nunca conclui, a poluição visual da propaganda abusiva, a miséria que faz das ruas sua casa e a ameaça da insegurança, e montar o tenebroso problema de onde advém a caída da vida urbana no Brasil. Depressão e isolamento são provas cabais deste mundo. Não é difícil reconhecer a doença, mas exige coragem aplicar a cura. As pichações urbanas fazem parte da moléstia, sua prática deve ser entendida em todo seu alcance desestruturante da saúde mental dos moradores da cidade. Não há outra alternativa senão combatê-la com rigor. Sem demagogias baratas que utilizam o argumento da liberdade de manifestação ou arte das ruas. Basta deste fingido sentimento de participação. Dura Lei. As outras agressões estéticas podem ser evitadas por legislação, educação e vontade política. O importante é barrar a irresponsável degradação do ambiente urbano que, se a algum propósito serve, não é a convivência proveitosa dos moradores da urbe.