A privatização do Dmae precisa ser
justificada
A água é a
base da Vida, diz a Ciência que conhecemos. Daí, quem controlar os destinos
deste precioso líquido na Terra, possuirá a chave que abastece a Vida no
planeta. Tal é a razão pela qual uso minha pena contra o intento de privatizar
o DMAE (Departamento Municipal de Água e Esgoto) de Porto Alegre. Privatizar o abastecimento da agua é
movimento global, está claro a quem observa. Ah! E por favor, não politizemos a
questão em direita e esquerda. É ridículo. Penso que existem empresas estatais
que devam ser privatizadas, outras fechadas e, mesmo ainda, dadas. Mas, cá
entre nós, empresas cujo objetivo final é o abastecimento hídrico, não podem
ser entregues à iniciativa privada sem justa argumentação. É o que falta no
caso do DMAE, que trata-se duma autarquia e funciona bem, há anos superavitária,
inclusive emprestando dinheiro à prefeitura municipal e financiando projetos de
outras secretarias. Ora, não se encontra
propósito plausível na venda do referido departamento. Quando uma estrutura corresponde a sua função,
sobre ela devem incidir ações no sentido de aprimorar os já bons serviços
prestados. Pensando assim, é preciso investir na análise e tratamento dos
esgotos lançados nas águas que suprem a cidade, separar as redes de esgotamento
pluvial ( DEP) e domiciliar, montando uma rede de esgoto absoluto, agregar ao
tratamento da água que abastece a capital, capacidade para monitorar a poluição
e contaminação química e bioquímica. Isto é qualificar a vida do habitante de cidade.
Neste momento histórico, onde a administração pública tem causado tanto mal à
civilização brasileira, parece fácil propor privatizações, indiscriminadamente,
como forma de encontrar todas as soluções. As empresas privadas tem suas
estratégias e seus interesses, portanto, privatizar sem critérios pode envenenar
ao invés de curar.
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