Marielle Franco, a morte que se soma à
estatística sombria
O assassinato
da vereadora Marielle Franco, do Psol no Rio de Janeiro, impactou à sociedade brasileira. Não poderia ser
diferente, ainda que a gente do Brasil conviva diuturnamente com a barbárie da
violência sem sentido. É uma tristeza. Porém, a mim, soma-se o choque de
perceber a indiferença humana com que as pessoas tratam o fato. Interesses
políticos, articulam-se, para transformar a desgraça num ato ideológico e,
sobre o corpo da vereadora, despejam argumentos de cartilha: era mulher, era
negra, era de origem humilde, defendia os direitos humanos e outros que tais. Esquecem
que uma vida humana foi ceifada, deixando dor e abandono entre amigos e
familiares. Querem uma bandeira ensanguentada para levantar, pouco importa o
ser humano. Os gritos de revolta soam falsos e oportunistas. Prova disto, é que
estas mesmas vozes desconsideram a outra
vítima, o motorista da vereadora. Pior, não se sensibilizam com a morte, anual,
de milhares de brasileiros desaparecidos sob a ação da mão assassina. Mortos
covardemente,- pais, mães, crianças, jovens-, destruindo famílias e retirando
da sociedade pessoas produtivas e altamente necessárias para todos. Isto é
irrelevante para os corações sombrios dos fanáticos crentes dum programa
revolucionário. Para evitar o eclipse das emoções entre nós, aqueles que se
opõem a tais grupos de interesse, devem fazer o esforço para não serem
contaminados com a indiferença, evitando desconstruir o indivíduo, depois que
sobre ele, a morte se tenha abatido O respeito e a consideração é a postura
esperada em caráteres honrados. Desta forma, triunfa o Espirito sobre a
mesquinhez da luta cotidiana. Cessem todas as disputas sobre o cadáver e, em
tributo às vítimas martirizadas numa sociedade desequilibrada, descubram os
culpados e estabeleçam leis rigorosas para crimes que vem demolindo a nossa
civilização.
Assasinato da vereadora, mais um sinal de desumanidade
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