Aquecimento global, Mudanças Climáticas
e a Verdade em rápidas palavras
Os dias
encalorados do mês de abril em Porto Alegre, trouxeram-me à memória nostálgicas
lembranças dos outonos de algumas décadas passadas. Havia, então, um céu
azulíssimo e um frio seco sobre a cidade. O clima mudou. Este foi o gatilho que
me pôs a usar minha pena para escrever, mais uma vez, sobre o enigmático
assunto das mudanças climáticas. Não sou climatologista, mas acompanho o
assunto por mais de 25 anos. Estudando, pesquisando, observando e refletindo.
Isto posto, vamos à polêmica, que de fato não é real, apesar dos meios de
comunicação de massa esforçarem-se para fazê-la parecer assim. Ora, na
comunidade cientifica, 98% das opiniões afirmam, categoricamente, que a
atmosfera do planeta está aquecendo e, as modificações climáticas são a
consequência deste acontecimento planetário. Ao pesquisar medições dos últimos
150 anos, é possível verificar acréscimo de aproximadamente 1° C na temperatura
da biosfera terrestre e, através do mapeamento das características climáticas, constatam-se
regiões marcadas por alterações, sazonais ou permanentes. São evidências, não
ideias. Dirão, os 2% de analistas opositores à existência do fenômeno: A Terra
passa por transformações periódicas naturais do clima. Sim, realmente acontece,
mas a ocorrência sucede por ação de forças astronômicas, tais como, -alteração
no eixo de rotação ou excentricidade de rotação do planeta (eras glaciais), -atividade
da energia solar ou -ação de forças geotérmicas do planeta (erupções vulcânicas).
Contudo, entre o que está acontecendo
agora e as situações relacionadas, existem diferenças de amplitude e tempo de
influência. Tratam-se pois, de realidades distintas. O clima em alteração é a
resposta ecológica a nossa civilização. A forma de vida consumista, indiferente,
erosiva da atual humanidade, vem desequilibrando o compasso Natural do Planeta.
São os gases de óxidos de nitrogênio, óxidos de carbono, metano e vapor d’água,
-os gases de efeito estufa, que vem criando uma barreira à dissipação adequada do
calor recebido através da energia solar. Calor este que, ao elevar a
temperatura atmosférica, interfere no equilíbrio termodinâmico, mantido pelo
movimento das correntes oceânicas e o regime dos ventos. A resultante destas
modificações não pode ser avaliada com confiança. O indiscutível é que os veículos de combustão
interna de hidrocarbonetos, o gigantesco parque industrial, a geração de
energia através do carvão ou óleo e a intensa criação de gado para abate, são
responsáveis em deflagrar este atemorizante processo. Já está disponível
tecnologia e conhecimento ético para resolver todos estes desafios, mas, a
aliança sombria entre o Estado, a Banca Financista internacional e as
corporações transnacionais, não empregarão as soluções já disponíveis ,
enquanto não tiver fim a última gota de petróleo, o último cm3 de gás e a
última pedra de carvão. Ao invés, tentarão criar mais impostos sobre às
sociedades. Demonstração disto, é a tese de instituir os créditos de carbono,
que ao fim e ao cabo, é uma estratégia para negociar o ar. Daí virão, dificuldades
para a industrialização de países emergentes e autorização, tácita, à tais
países, para derrubar florestas. Tudo financiado por taxas embutidas em
impostos pagos pelos cidadãos da sociedade global (chamados pagadores de
impostos). Desta forma, nós que pagamos impostos pela casa em que moramos, pela
cidade onde vivemos, pelo automóvel que possuímos, pela comida que ingerimos, pela
agua que bebemos, pagaremos, pasmem, pelo ar que respiramos. O planeta se
deteriora, a vida do homem fica mais difícil e a mídia embota os raciocínios com propagandas de sustentabilidade. Ah! Faz
favor.
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