População
brasileira e os migrantes venezuelanos em Roraima
No
começo dos anos 1970 a banda inglesa de rock’d roll – The Who -
escreveu a intrigante peça musical “ I can see for miles “. O tema da
música fala sobre as trapaças mancomunadas por alguém que as imagina passarem desapercebidas.
Porém, para surpresa deste alguém, a letra dizia: Tenho mágica nos olhos e eu posso ver por
milhas. Creio que é possível aplicar esta estória no atual conflito entre os
migrantes venezuelanos, em fuga de seu país, para o estado de Roraima no Brasil.
Eles são milhares, expulsos de seu país
pela total carência física e opressão política, numa situação criada sob o
conceito dum socialismo utópico e incompetente, cujo poder é exercido por um
grupo dirigente esbaldado em benesses e que lança o povo na mais degradante
miséria. Pois este êxodo, em direção às pequenas cidades do carente estado de
Roraima, trouxe o inevitável conflito. A população brasileira, sob o sentimento
de ameaça e desprezo, usa a força para expulsar os migrantes. Não é possível
acusar os brasileiros de desumanidade. A desumanidade foi forjada pelos que, em
nome de sinistros interesses, gestaram a realidade de pobreza tal, que a única
possibilidade de sobrevivência, tornou-se a fuga dos lares deixados na
Venezuela. Sob tal tensão, explode a violência ameaçando ser o embrião dum
conflito localizado numa área territorial de solo e subsolo ricos, escassa
população e delimitado pela ONU, em grande parte, como território indígena.
Daí, até uma guerra de secessão, é um passo. Milícias armadas e treinadas pelo
narcotráfico, podem estabelecer uma zona de guerra, cuja paz viria com
intervenção de tropas da ONU. Então poderia surgir, como plano de
pacificação, a independência do território em conflito, estabelecendo um país
orientado economicamente pelos interesses Globalistas e governado através do
socialismo escondido atrás da democracia de mentira. À população, restariam as
migalhas do processo. Ah! Os índios! Bem, é mero detalhe. Já aconteceu no Acre
(anexado ao Brasil) e na criação do Panamá (tornado independente da Colômbia).
Eu posso ver por milhas.