O inaceitável incêndio do Museu
Nacional
História magistra
vitae est. A História é a mestra da Vida. E os museus são os fiéis depositários
da História. Eu nasci na cidade de Bagé onde hoje é o museu Diogo de Souza, à
época do meu nascimento era local do Hospital Gaffré.Por gostar e
estudar profundamente História, já visitei e fiz consultas em inúmeros e fabulosos museus através do mundo.
Entre tantos destes lugares, guardei na alma sempre um carinho muito
especial pelo Museu Nacional no Rio de Janeiro, onde na curiosidade e
inocência dos meus 10 anos fiquei inesquecivelmente impressionado ao ver um
meteorito e o sarcófago de uma múmia egípcia. Narrado este resumido currículo de
frequentador de museus, imagine-se o meu espanto e horror ao tomar conhecimento
do incêndio que consumiu acervo e
estrutura do museu de 200 anos dia 2 de setembro. O nosso Museu Nacional.
Perplexo, pergunto-me: Como o Brasil chegou a tal estágio de deterioração sociocultural
capaz de permitir tamanha tragédia ? Trata-se da demonstração exemplar de baixa autoestima,
onde a população, siderada, torna-se indiferente ao seu passado, sobrevivente no presente
e sem concepção de futuro. Voltamos à pré-História. Pelos deuses, que
estratégias malignas foram e são usadas para imbecilizar o povo e fazê-lo
desprezar cultura e educação? Estamos frente não à estupidez, o que já seria grave, estamos frente à perfídia insidiosa
e malévola. O sinistro no Museu Nacional não se justifica na gestão incompetente,
vai muito além. Não quero ser leviano, mas uma catástrofe desta monta só
acontece se for, no mínimo, facilitada. Por favor, não diga tratar-se de
concepção conspiracionista, olhe ao redor e constate, há um metódico trabalho
sendo desenvolvido por organizações políticas, midiáticas, financeiras,
sindicais e grupos secretos, no intento de destruir os valores e a memória da civilização
brasileira. É no campo ético e estético. Eis a razão pela qual ruas e obras de
arte são desfiguradas, a infância e a família atacadas, a discórdia disseminada
e o passado apagado para ser reescrito. Assim ardem os museus. Sem memória e
sem conhecimento, haverá apenas uma manada conduzida pela utópica bandeira duma
nova ordem, que por fim, lançará a todos numa igualdade de escravos vivendo sob
a tutela sombria dos Globalistas.
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