Meio ambiente e economia num governo
conservador
Na montagem
do governo federal, que assume em janeiro de 2019, houve a ideia de fundir o Ministério
da Agricultura com o do Meio Ambiente. Felizmente não aconteceu. Provavelmente teria
sido um desastre, à curto ou médio prazo acabaria por detonar crise na gestão
do presidente Bolsonaro. Economia e Ecologia tratam assuntos difíceis de serem conciliados,
afinal, ordenar a casa (na raiz grega:oikos+nomus) de acordo com necessidades, e
respeitar a lógica desta casa (na raiz grega:oikos+logos), é tarefa sutil que
demanda conhecimento, altruísmo e estratégia. A visão econômica, analisando
aqui só o agronegócio e todas suas demandas, transita numa rota de colisão com
a preservação do ambiente natural representado pelas florestas, cursos d’água,
biomas. É difícil, porém necessário, encontrar a equação onde quando um lado
ganhe o outro não perca. Complicado, não? Mas, essencial. A economia está
umbilicalmente ligada à ecologia, a prosperidade por ela criada, advém da
utilização de riquezas disponibilizadas pela Natureza. O processo econômico
sustentável depende dum ambiente ecológico harmônico e dinamicamente
regenerável. Quando este princípio não é obedecido, torna-se questão de tempo a
ruína da cadeia produtiva. Na história encontra-se o testemunho de civilizações
desaparecidas por não assimilarem esta sentença. Portanto, Ministério da
Agricultura e Ministério do Meio Ambiente devem trabalhar reduzindo conflitos e
potencializando sinergia, buscando o melhor para o Brasil. Progresso sim, mas
num ambiente sustentável em todos os matizes. Num governo restaurador de
valores, o prestigio dum Ministério do Meio Ambiente é fundamental. Lembremos
que todo ecologista é, por definição, um conservador.
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