sábado, 1 de dezembro de 2018

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Meio ambiente e economia num governo conservador

Na montagem do governo federal, que assume em janeiro de 2019, houve a ideia de fundir o Ministério da Agricultura com o do Meio Ambiente. Felizmente não aconteceu. Provavelmente teria sido um desastre, à curto ou médio prazo acabaria por detonar crise na gestão do presidente Bolsonaro. Economia e Ecologia tratam assuntos difíceis de serem conciliados, afinal, ordenar a casa (na raiz grega:oikos+nomus) de acordo com necessidades, e respeitar a lógica desta casa (na raiz grega:oikos+logos), é tarefa sutil que demanda conhecimento, altruísmo e estratégia. A visão econômica, analisando aqui só o agronegócio e todas suas demandas, transita numa rota de colisão com a preservação do ambiente natural representado pelas florestas, cursos d’água, biomas. É difícil, porém necessário, encontrar a equação onde quando um lado ganhe o outro não perca. Complicado, não? Mas, essencial. A economia está umbilicalmente ligada à ecologia, a prosperidade por ela criada, advém da utilização de riquezas disponibilizadas pela Natureza. O processo econômico sustentável depende dum ambiente ecológico harmônico e dinamicamente regenerável. Quando este princípio não é obedecido, torna-se questão de tempo a ruína da cadeia produtiva. Na história encontra-se o testemunho de civilizações desaparecidas por não assimilarem esta sentença. Portanto, Ministério da Agricultura e Ministério do Meio Ambiente devem trabalhar reduzindo conflitos e potencializando sinergia, buscando o melhor para o Brasil. Progresso sim, mas num ambiente sustentável em todos os matizes. Num governo restaurador de valores, o prestigio dum Ministério do Meio Ambiente é fundamental. Lembremos que todo ecologista é, por definição, um conservador.

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