1988,
o ano em que iniciou a tragédia brasileira
O texto é breve, mas reflexivo,
pensemos sobre a vida e o Brasil. Poucas linhas para referir um grande erro, um
erro Crasso. O erro crítico que uma sociedade alienada não se apercebe e cujas
consequências tornam–se desastrosas. Refíro-me à promulgação da Constituição
brasileira de 1988, a constituição cidadã que desorganizou a sociedade destes
trópicos verde-amarelo. A razão disso é que ela afrontou o princípio
estratégico de que não se escreve uma nova constituição imediatamente ao fim
de um regime institucional. Por razões obviamente esperadas, o documento virá
carregado de revanchismo, oportunismo, regalias e punições indevidas. O antigo adágio Latino diz: a História
é mestra da vida. Assim, bastava olhar o passado recente do País para perceber
que logo após a revolução de 1930, Getúlio Vargas, enfrentado poderosas forças
políticas e econômicas, recusou-se a elaborar uma nova constituição. A razão
não era outra senão evitar a ascensão de interesses escusos preparados para
controlar a situação de momento e o futuro do País. Como consequência desta
atitude, teve de enfrentar e derrotar a revolução Paulista de 1932. O
confronto, entretanto, resultou na constituição de 1934 que procurou acomodar a
situação. Daí por diante, veio a intentona comunista em 1935 e o levante
integralista em 1937. A instabilidade levou à carta Magna autoritária de 1937.
Em 1945, Getúlio foi deposto sob à pecha de ditador, o resto é História. O ano
de 1988 iniciou a tragédia anunciada que vivemos. Eis o motivo pelo qual existimos
num Brasil sem pé nem cabeça, para onde fomos levados por uma constituição temporalmente
mal realizada. É o Brasil e é difícil.
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