domingo, 3 de outubro de 2021

 

Observem os painéis de relógio nas ruas.

Demorou muito tempo.  Mais de cinco anos. Mas, finalmente, no ano de 2020, os relógios digitais de rua voltaram a ser instalados em Porto Alegre e com uma novidade há muito esperada. Agora, além do horário e temperatura, o painel mostra nível de radiação ultravioleta incidente na região. A nova informação é de relevante importância já que esta radiação, responsável na alta atmosfera, pela transformação de Ozônio (O3) em Oxigênio (O2), vem encontrando há algumas décadas, uma redução na quantidade de moléculas de ozônio livre na camada atmosférica onde ele se concentra. Assim, a energia da radiação solar, vinda na frequência de onda ultravioleta, excede à necessidade para ativar a reação físico-química que naturalmente a consome de forma significativa. Como consequência, maior quantidade desta energia chega à superfície terrestre. A grandeza do fenômeno depende da região do planeta, das condições climáticas e época do ano. Mais um desajuste ecológico, consequência da intervenção humana através dos processos industriais sustentantes da sociedade hodierna que acabam por lançar gases halogênicos na atmosfera. Bem, o fato é que o sul do Brasil é particularmente suscetível à condição de zona sob alta incidência de radiação ultravioleta. E, aqui na cidade de Porto Alegre, poucas pessoas atentam para o que os modernos painéis de rua registram. Ao mirá-los com rápida atenção, é possível ler a medição da incidência da radiação ultravioleta na forma de alerta das condições. E a miúde os alertas indicam:  radiação UV alta, muito alta e alarmante.   A população distraída não se dá conta e os meios de informação, tão preocupados com o meio ambiente, não parecem ter a menor intenção de alertar para situação preocupante. Preocupante, pois que consequências patogênicas à saúde humana advém dela. Graves doenças na derme e nos olhos se espalham. Também no reino Vegetal podem estar acontecendo alterações. Portanto, o clamor de políticos, especialistas escolhidos e mídia mean streem contra supostos crimes ambientais em florestas tropicais é cortina de fumaça a fim de travar uma verdadeira abordagem sobre o complexo desafio ecológico.  Hipócritas, de fato usam a ecologia para formatar intensões estratégicas de poder. Prova disto, é a indiferença às agressões ambientais plasmadas no dia-a-dia dos cidadãos. Observem os painéis dos relógios de rua.

José Maria Rodrigues de Vilhena

Engenheiro e ecólogo 

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