A humanidade transformada em rebanho
zumbi.
As
pessoas não pensam, elas são pensadas. Li com surpresa e satisfação, esta
mensagem afixada no vidro traseiro da cabine de motorista dum micro ônibus
lotação utilizada no transporte coletivo, na cidade de Porto Alegre. Compunha o
folder para divulgação duma palestra. Não
fui ao referido evento. Mas... Uau! Havia pessoas, naquele ano de 2003, que,
igual a mim, percebiam mudanças estranhas no mundo. Parecia claro, o mental das
gentes, aqui no Brasil e no exterior, perdia a percepção individual para
assumir uma razão programada pelo planejamento estratégico originado, de forma sub
repitícia, por um circulo de poder oculto. O cenário do futuro se montava para
realizar o previsto nas páginas dos romances “Admirável Mundo Novo”,” 1984” e “ O Mundo de 2020” (Soylent Green). Assustadora mistura
destas distopias. Claro, eu tinha conhecimento do manejo das multidões através
da hipnose, e de que uma mentira muitas vezes repetida acaba por se tornar
verdade. Contudo, então, as coisas eram mais complexas, mais amplas e mais cruéis.
Comecei a buscar literaturas e vídeos que descrevessem experiências de controle
mental. Neste caminho cheguei a Pavlov e seus cães, à Espiral do Slêncio, à Janela
de Overton. Bem, as peças do quebra - cabeças foram se encaixando. E, para levar adiante o que encontrei, tento, numa
ágil descrição destes experimentos, contribuir para o entendimento da sociedade
onde estamos imersos. A sociedade das narrativas e dos zumbis contentes.
Vejamos. Comecemos pelos Cães de Pavlov. Com os cães, Pavlov realizou o
experimento do sinal e recompensa. Através dum sinal luminoso o animal,
encontrava ou não alimento disponível, pois bem, quando o padrão de luzes
tornava-se aleatório, os cães ficavam confusos, e a seguir tornavam-se
indiferentes aos mesmos. O comportamento deixa claro de que, se não é crível
acreditar nos sinais coloridos indicando existência ou não do alimento, vem a
indiferença pela sinalização. Homens não são cachorros, mas, como animais
gregários, mamíferos de grande porte, compartilham comportamentos. Ora, se
narrativas constantes através da mídia distorcem a verdade e não dão o valor devido às
pessoas e situações, a partir daí, a indiferença resultante nos cães pode se transformar em
omissão entre os humanos. Eis o tempo onde tanto faz ser ladrão ou um grande
professor. Afinal, tudo é relativo. Já disse aqui, neste texto, que o homem é
animal gregário, e esta é a chave para
outra condição de controle, pois que, a todo animal que vive em grupo, torna-se
fundamental à sobrevivência do individuo, ser bem aceito pelo clã. Quando a
mídia expõe massivamente uma narrativa, qualquer perspectiva distinta desta narrativa assume
caráter perigoso ao individuo, portanto, o silêncio é uma salvaguarda. Afinal, em boca
fechada não entra mosca, eis a Espiral do Silêncio. Ou a opinião oficial
conveniente ou o silêncio. Quando há interesse em submeter o ser humano,
existem três caminhos: a punição, a premiação e o convencimento de que ele está
agindo conforme seus próprios desejos e este é o único sustentável. A janela de
Overton, em última instância, é isto. A Janela de Overton, cujo principio busca estabelecer comportamentos de forma
sutil e decisiva. A Janela representa uma visão que, com o tempo, através da propaganda midiatica e leis, altera convicções
individuais e coletivas. Exemplo cabal entre nós foi o hábito(?) do tabagismo. O ato de fumar,
representou elegancia e charme em outros tempos,e passou em poucos anos –
através de leis e propaganda depreciativa- em ato condenável e socialmente
irresponsável. Aconteceu num processo de aquisciencia e colaboração da imensa maioria da sociedade.
A janela pela qual se enxergava o cigarro
mudou de local. A Janela de Overton. Nos parágrafos anteriores deste texto já
foi dito que estes processos de imposição de ordem obedecem ao planejamento de círculos
de pensamento (Thing Tanks )
estruturados em uníssono para
estabelecer uma Nova Ordem Mundial arribada
por ideologias, finanças e burocracias estatais,A nova ordem de intenções
obscuras. Olhe em volta e veja.
José
de Vilhena
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