domingo, 14 de abril de 2024

 


A humanidade transformada em rebanho zumbi.

As pessoas não pensam, elas são pensadas. Li com surpresa e satisfação, esta mensagem afixada no vidro traseiro da cabine de motorista dum micro ônibus lotação utilizada no transporte coletivo, na cidade de Porto Alegre. Compunha o folder para divulgação  duma palestra. Não fui ao referido evento. Mas... Uau! Havia pessoas, naquele ano de 2003, que, igual a mim, percebiam mudanças estranhas no mundo. Parecia claro, o mental das gentes, aqui no Brasil e no exterior, perdia a percepção individual para assumir uma razão programada pelo planejamento estratégico originado, de forma sub repitícia, por um circulo de poder oculto. O cenário do futuro se montava para realizar o previsto nas páginas dos romances “Admirável Mundo Novo”,” 1984”  e “ O Mundo  de 2020” (Soylent Green). Assustadora mistura destas distopias. Claro, eu tinha conhecimento do manejo das multidões através da hipnose, e de que uma mentira muitas vezes repetida acaba por se tornar verdade. Contudo, então, as coisas eram mais complexas, mais amplas e mais cruéis. Comecei a buscar literaturas e vídeos que descrevessem experiências de controle mental. Neste caminho cheguei a Pavlov e seus cães, à Espiral do Slêncio, à Janela de Overton. Bem, as peças do quebra - cabeças foram se encaixando.  E, para levar adiante o que encontrei, tento, numa ágil descrição destes experimentos,  contribuir para o entendimento da sociedade onde estamos imersos. A sociedade das narrativas e dos zumbis contentes. Vejamos. Comecemos pelos Cães de Pavlov. Com os cães, Pavlov realizou o experimento do sinal e recompensa. Através dum sinal luminoso o animal, encontrava ou não alimento disponível, pois bem, quando o padrão de luzes tornava-se aleatório, os cães ficavam confusos, e a seguir tornavam-se indiferentes aos mesmos. O comportamento deixa claro de que, se não é crível acreditar nos sinais coloridos indicando  existência ou não do alimento, vem a indiferença pela sinalização. Homens não são cachorros, mas, como animais gregários, mamíferos de grande porte, compartilham comportamentos. Ora, se narrativas constantes através da mídia distorcem a verdade e não dão o  valor  devido  às pessoas e situações, a partir daí, a indiferença  resultante nos cães pode se transformar em omissão entre os humanos. Eis o tempo onde tanto faz ser ladrão ou um grande professor. Afinal, tudo é relativo. Já disse aqui, neste texto, que o homem é animal gregário,  e esta é a chave para outra condição de controle, pois que, a todo animal que vive em grupo, torna-se fundamental à sobrevivência do individuo, ser bem aceito pelo clã. Quando a mídia expõe massivamente uma narrativa, qualquer  perspectiva distinta desta narrativa assume caráter perigoso  ao individuo, portanto,  o silêncio é uma salvaguarda. Afinal, em boca fechada não entra mosca, eis a Espiral do Silêncio. Ou a opinião oficial conveniente ou o silêncio. Quando há interesse em submeter o ser humano, existem três caminhos: a punição, a premiação e o convencimento de que ele está agindo conforme seus próprios desejos e este é o único sustentável. A janela de Overton, em última instância, é isto. A Janela de Overton, cujo principio  busca estabelecer comportamentos de forma sutil e decisiva. A Janela representa uma visão que, com o tempo, através da  propaganda midiatica e leis, altera convicções individuais e coletivas. Exemplo cabal entre nós  foi o hábito(?) do tabagismo. O ato de fumar, representou elegancia e charme em outros tempos,e passou em poucos anos – através de leis e propaganda depreciativa- em ato condenável e socialmente irresponsável. Aconteceu num processo de aquisciencia  e colaboração da imensa maioria da sociedade. A janela pela qual se enxergava  o cigarro mudou de local. A Janela de Overton. Nos parágrafos anteriores deste texto já foi dito que estes processos de imposição de ordem obedecem ao planejamento de círculos de pensamento  (Thing Tanks ) estruturados em uníssono  para estabelecer uma Nova Ordem Mundial  arribada por ideologias, finanças e burocracias estatais,A nova ordem de intenções obscuras.  Olhe em  volta e veja.

José de Vilhena

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