Para
entender o ministério da Cultura
O Brasil é o
país das superficialidades, aqui nunca é permitido entender os acontecimentos
com suas causas e consequências. Tudo está sempre conduzido por interesses
pontuais que se perdem no tempo depois de arreglados. O mundo brasileiro se
move através do espetáculo midiático, que por sua vez, encontra força motriz
nas manchetes da hora. É assim na economia, meio ambiente, politica, saúde, segurança,
educação e cultura. É caráter da civilização brasileira. O assunto momentoso é
a desmobilização do ministério da Cultura. Oh! Meu Deus! Que será do Brasil? É
o caos, pelo menos é a propaganda que um grupo de artistas (Será melhor dizer
trabalhadores da arte?), protegidos e com visibilidade, espalha, nos meios de
comunicação de massa, contra o governo recentemente assumido. Sobre a nova
administração da casa, colocam-lhe a pecha de trabalhar contra a cultura
nacional. Data vênia. A cultura de quem?
Dos produtores de filmes que exploram e glamurizam a miséria e crime, e
trabalham para desacreditar instituições, das peças teatrais delirantes, dos projetos
vaidosos de artistas consagrados. Será interessante saber como estão os nossos
museus, as salas de cinema que fecham, a literatura cada vez menos prestigiada,
os artistas populares, as tradições folclóricas da nação, o conhecimento da
história do país, a consciência das riquezas naturais, o patrimônio arquitetônico, a utilização da língua mater. Ora, a Cultura de um povo se escreve com estas ideias.
Bem, se é assim, e de fato é, estamos mergulhados num processo de destruição cultural
do Brasil. Isto é grave. Povo que não se reconhece, não se ama fraternamente e
não encontra motivo para sonhar o futuro. Sem cultura, seremos transformados
num acampamento de párias. O ministério da Cultura, quando trabalhando para a
nação, é instrumento de segurança dos valores de uma civilização. O simulacro
de ministério da Cultura que operava no Brasil fazia exatamente o inverso, tratava
de realizar trabalho deletério na cultura brasileira e o fazia com a ajuda de
grupos, autoproclamados, iluminados donos das decisões no campo da Cultura cujo
objetivo principal era receber prestigio e dinheiro. O sistema os coopta e utiliza-os
enquanto forem úteis. É o histórico patrimonialismo do Estado brasileiro. Cada um
toma um pedaço dos negócios da nação e o transforma, metaforicamente, numa
capitania hereditária, sem vergonha dos fins abomináveis que possam intentar.
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