Lições do pleito eleitoral de 2016
Concluído o
primeiro turno das eleições municipais de 2016, existem lições a serem
aprendidas. A primeira delas, diz respeito às pesquisas. Insistem na antiga prática
de tentar condicionar o eleitor. Ora, a pesquisa quantitativa é aplicação da
ciência estatística, portanto, se realizada com critérios corretos e
apresentada honestamente, mostrará, sempre, a verdade no momento em que foi
realizada, e, este é o argumento utilizado pelos institutos encarregados na sua
realização para justificar disparates. Porém, diante dos erros colossais. Fica
a dúvida, pode haver intenção de induzir performances de candidatos marcados
para vencer ou perder o pleito político? Claro, quando chega o momento final
das urnas serem escrutinadas, a pesquisa de boca de urna ajusta-se a realidade Mas, o processo indutor sobre os eleitores, através do efeito manada, significa,o
indivíduo segue a maioria como forma de facilitar a aceitação, já aconteceu. A
segunda lição, é o espantoso número de eleitores que não comparecem, votam em
branco ou nulo. Na casa de 50% do eleitorado total. Indicando, claramente, a
descrença no modelo da democracia arrazoada, unicamente, no voto universal.
Também é possível perceber desprezo por
um mundo político- partidário, que outra coisa não faz, senão, organizar-se
como uma Máfia no sentido de autoproclamar-se divino, acima e indiferente aos
pobres mortais submetidos. Pergunto-me. A recusa de toda esta gente em
participar do processo, não indica a vontade de ver implodido o establishment? Por fim, a terceira lição, é o fato de que
os candidatos que despontam para comandar prefeituras de importantes cidades do
País, tomando como exemplo São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, alcançam tal
condição sem depender de estruturas poderosas dos partidos , fazem-no fundamentados em
valores pessoais. Somados os vetores das lições, a resultante das eleições de
2016, retrata uma sociedade descrente nas boas intenções do sistema vigente.
Partidos políticos, mídia, sindicatos, grande empresariado, ideologias fantasiosas,
estão todos na alça de mira.
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