terça-feira, 4 de outubro de 2016

Lições  do pleito eleitoral de 2016 

Concluído o primeiro turno das eleições municipais de 2016, existem lições a serem aprendidas. A primeira delas, diz respeito às pesquisas. Insistem na antiga prática de tentar condicionar o eleitor. Ora, a pesquisa quantitativa é aplicação da ciência estatística, portanto, se realizada com critérios corretos e apresentada honestamente, mostrará, sempre, a verdade no momento em que foi realizada, e, este é o argumento utilizado pelos institutos encarregados na sua realização para justificar disparates. Porém, diante dos erros colossais. Fica a dúvida, pode haver intenção de induzir performances de candidatos marcados para vencer ou perder o pleito político? Claro, quando chega o momento final das urnas serem escrutinadas, a pesquisa de boca de urna ajusta-se a realidade Mas, o processo indutor sobre os eleitores, através do efeito manada, significa,o indivíduo segue a maioria como forma de facilitar a aceitação, já aconteceu. A segunda lição, é o espantoso número de eleitores que não comparecem, votam em branco ou nulo. Na casa de 50% do eleitorado total. Indicando, claramente, a descrença no modelo da democracia arrazoada, unicamente, no voto universal. Também é possível perceber  desprezo por um mundo político- partidário, que outra coisa não faz, senão, organizar-se como uma Máfia no sentido de autoproclamar-se divino, acima e indiferente aos pobres mortais submetidos. Pergunto-me. A recusa de toda esta gente em participar do processo, não indica a vontade de ver implodido o establishment? Por fim, a terceira lição, é o fato de que os candidatos que despontam para comandar prefeituras de importantes cidades do País, tomando como exemplo  São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, alcançam tal condição sem depender de estruturas poderosas  dos partidos , fazem-no fundamentados em valores pessoais. Somados os vetores das lições, a resultante das eleições de 2016, retrata uma sociedade descrente nas boas intenções do sistema vigente. Partidos políticos, mídia, sindicatos, grande empresariado, ideologias fantasiosas, estão todos na alça de mira.   

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