Porque,
no Brasil, a luta ecológica foi
transformada em movimento social
Antes
de tudo, devo dizer que sou ecólogo, escrevi dois livros sobre a questão ecológica,
fui coordenador técnico de assuntos referentes ao estuário Guaíba na prefeitura
de Porto Alegre e candidato ao governo do Rio Grande do Sul pelo mais tradicional
partido ambientalista do País. Dito isto, usarei o texto para relatar, de forma
rápida, minha experiência na luta pelo respeito à ecologia planetária, no campo
político e existencial. Nos dias atuais, já é claro para grande parte de
população que, entre outros, movimentos indianistas, quilombolas, gênero, etnia,
trabalhistas rurais e ambientalista, operaram e operam como instrumento para
deflagrar o conflito social. Tais mobilizações, escondem em suas ações , ainda
que imperceptivelmente à sociedade, comandos estabelecidos por uma agenda
globalista cujo objetivo é fracionar, enfraquecer e solapar o Brasil, quando então
, a nação brasileira será substituída por nova geopolítica subserviente às necessidades do poder global.
Destes movimentos sociais, abordarei, aqui, somente, a razão ambientalista no
Brasil. O fio da História: transcorriam
os primeiros anos da década de 1970, o país vivia sob o regime militar e não
havia espaço político para que as ideologias do socialismo esquerdista lançassem
oposição ao governo, contudo, possuíam o controle real dos meios de comunicação
da época, é dizer, as páginas dos jornais, programação de rádio e TV. Tinham
nas mãos a chave mas precisavam encontrar uma fechadura. O ambientalísmo fez o
papel da fechadura. Eureka! Era questão pulsante
nos EUA, mas praticamente desconhecida pela imensa maioria da população
brasileira. Seria a base para contestar as
forças que comandavam o país. Tema atinente à vida de toda população. No
Brasil. iniciava-se a industrialização pesada, a agricultura extensiva,
construção de estradas, remodelagem das cidades e, é claro, junto vinha
tremendo impacto ambiental. A partir daí, vieram novelas, reportagens,
protestos públicos e espaço, na mídia, para ecologistas de palavras verdadeiras.
Criada a comoção entre a gente
brasileira, o passo seguinte foi fazer crer à sociedade que isto era trazido através
do capitalismo, permitido e incentivado, pelo governo de então. O
socialismo-comunismo era visceralmente contra a destruição ambiental filha
monstruosa do capital ganancioso. Hipócritas, basta ver o que fizeram na
Alemanha Oriental, União Soviética e ainda fazem em Cuba e China. Havia ou há,
movimentos ecológicos nestes países? Quando da exultada redemocratização,
rapidamente, partidos de esquerda assumiram, pró forma, as bandeiras
ecologistas, e acabaram com a capacidade da população se organizar em torno deste
princípio. Neste compasso, a luta ecológica entra em decadência, seus conceitos
são utilizados apenas nos momentos políticos necessários. Entre os estudiosos e
lutadores ambientalistas resta a perplexidade cômoda de pessoas que não
perceberam o fato de todo ecologista ser, no âmago, um conservador.
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