sexta-feira, 25 de maio de 2018

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A greve dos caminhoneiros e a  estratégia de mobilidade.

O povo brasileiro está incapacitado para raciocinar analítica e sinteticamente, por isso, não percebe a realidade onde está mergulhado. Foi programado assim. Seria bom que a gente brasílica, diante da paralização dos caminhoneiros, não ficasse preocupada unicamente com a falta de gasolina, o pãozinho do supermercado ou a viajem de fim de semana. Oh, tragédia! Diante da cena que vivemos neste maio poderia pensar por que não há uma malha Ferroviária no país e, seguindo adiante na reflexão, por que nestas terras onde se localizam as maiores bacias hidrográficas do planeta, praticamente inexistam hidrovias. O litoral com 8500 km de costa não é usado para navegação de cabotagem e os portos são utilizados apenas como feitorias para exportar produtos primários. Nem sempre foi assim. Quando findou o Império havia 11000 km de ferrovias em operação e 9000 km projetados. A navegação costeira servia ao transporte de cargas e pessoas. Quem nunca ouviu falar nos navios Ita...(peguei um Ita no Norte, diz a música). Os rios, que historicamente ampliaram o território, e por características físicas assemelham-se a uma estrada que anda, transportavam produtos pelo interland.  O trem e o barco eram maneiras ecologicamente adequadas à geomorfologia e de baixo consumo de energia.  A roda do tempo não pára, eu sei. O modal rodoviário se desenvolveu e o aeroviário surgiu. Ao invés de estrategicamente conectar os quatro modais para uma maior eficiência e eficácia, a decisão foi acabar com as ferrovias e o transporte nas águas internas e de cabotagem. O rodoviarismo, calcado numa energia motriz que não possuíamos, agigantou-se, causando grande custo ambiental e estrangulando o fluxo da mobilidade, criando a dependência que agora sentimos. Pergunto: Quem decidiu esta estranha estratégia de transporte?  Sem receio de errar, afirmo que quem a definiu não pensou no Brasil, pensou em lesá-lo. O Brasil é um país exógeno, serve e é governado por interesses alienígenas. E agora, José?    

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