quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Resultado de imagem para foto do parque de Itapuã viamão
  Privatiza , sim

O governo do estado do Rio Grande do Sul articula entregar à gestão privada os parques ecológicos sob sua administração. Trata-se de importante decisão. A parceria entre estado e iniciativa privada remonta de longa data no Brasil. A primeira vez, aconteceu  em 1503, quando a Coroa Portuguesa assinou um contrato com o poderoso mercador de Veneza Jakob Függer.O  escopo do documento era entregar o comércio de Pau –Brasil ao negociante e, em troca, ele demarcava as terras para Portugal e prospectava riquezas nas terras da Santa Cruz.   As Capitanias Hereditárias, foram a tentativa de parceria entre Portugal e particulares (nobreza portuguesa de segundo escalão) para ocupar e explorar comercialmente as terras de além mar. No período colonial, o particular que abrisse estradas recebia del Rei as terras que as margeassem. O adequado funcionamento de uma economia depende de como ela é administrada, não ao papel frio da lei. É História. Ora, nossa realidade mostra que numa sociedade sem educação, sem respeito e contaminada pela ganância, os parques ecológicos sob responsabilidade do governo, são alvos de múltiplas agressões. O Brasil é o país onde o que é público, é de ninguém. Certos da impunidade, penetram nas áreas de preservação, caçadores, agricultores ilegais, grileiros e suas terras são motivos de reivindicações de grupos étnicos manipulados pela demagogia de partidos políticos. A gestão pública é vítima dos manejos políticos, falta de verbas e emaranhado burocrático, deste caudal resulta, frequentemente, negligencia para com as questões ambientais. Portanto, a parceria público–privada é uma solução acertada, afinal, numa gestão privada a tendência é assegurar o patrimônio para o bom andamento do investimento. A questão central deve ser a operacionalidade e os termos da parceria, estes dois pilares tem de afiançar nos parques a preservação da Natureza intacta e a viabilização do investimento particular. De resto, é afirmar: Itapuã, Itapeva, Turvo, Tainhas e Delta do Jacui, - privatiza, sim. 
José Maria Rodrigues de Vilhena
Engenheiro e ecólogo

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