
Brasil, razões da baixa produtividade
O Brasil é o
país dos fatos momentosos. Aqui, vive-se num ambiente escandaloso e neurótico. Existe
sempre algo perturbador a ameaçar o bem-estar do homem das calçadas. Na
espreita, a novidade chocante aguarda o instante em que seja conveniente vir à
tona. Síndrome do submarino, só emerge
quando necessário. Agora, com a economia brasileira estagnada, fruto de muitos
anos de gestão incompetente, descortina-se que a produtividade do trabalhador
brasileiro é baixa, e, sugere-se que esta é a importante razão pela qual as
coisas da economia não andam bem. Ora, a baixa capacidade de produção no país é
fenômeno sabido há décadas. Sim, a produtividade do trabalhador brasileiro é
pífia diante de seus pares norte-americanos, alemães, japoneses, hindus ou
paquistaneses. E, cá para nós, quem gosta de investir num país com tremenda
carga tributária, inseguro e cujos trabalhadores oferecem baixa produtividade? Tal realidade é conhecida há longo tempo.
Matematicamente demonstrada. Insofismável. Mas, e daí? Temos o fato, procuremos suas causas. Entender
e modificar, de verdade, a realidade. O ato de transmutar esta situação passa,
fundamentalmente, pela formação do homem brasileiro. No Brasil, 80% da população
é analfabeta funcional, incapaz de entender a leitura de um texto. A educação
da gente brasiliana menospreza o ensino
das ciências exatas, da História, do seu próprio idioma e as responsabilidades éticas
de um cidadão. Como formar profissionais capacitados neste cenário? Quando
pessoas são estruturadas sob tais condições, é impossível esperar delas
comunicação adequada, entendimento de situações, responsabilidades e
compromissos, crescimento pessoal. Resultado paralelo da má formação dos
indivíduos, o conjunto social incorporará o vício. Advirá, então, o desinteresse,
a corrupção, a perversão, as drogas e as diversões baratas. Portanto, quase
parafraseando Pitágoras, eu afirmo: Eduquem, formem com honra os jovens, e
cinzelaremos cidadãos e trabalhadores comprometidos com uma sociedade sustentável,
produtiva, organizada e livre. Até lá, meus amigos.
José Maria Rodrigues de Vilhena
Engenheiro e
consultor
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