Putin, o timoneiro russo
Por longo
tempo observo a misteriosa figura de Vladimir Putin, o Czar pós-soviético da
Rússia. Quem é ele? O que pretende? Respostas, as busquei em leituras, vídeos,
reflexões. Desta forma, tentei descobrir o perfil psicológico e político deste
personagem protagonista da recente História geopolítica do mundo. Missão
difícil, impossível afirmar que estas breves linhas sejam capazes de decifrar o
enigma Putin. Mas, pode sugerir pistas interessantes. O homem de aparência tipicamente
russa; sóbrio, sisudo, quase taciturno, trata-se dum ex-agente do alto escalão
da KGB - a maior agência estatal do planeta voltada à estratégias geopolíticas,
espionagem, prospecção cientifica e informação. Putin, carreirista e arrivista,
é fruto desta organização. Quando ruiu a URSS, a KGB permaneceu intacta detendo
informações, contatos e quadros, numa Rússia caótica, legada pela queda do império
Soviético. Neste vazio de comando, ninguém,
além da KGB, teria capacidade para reorganizar a nova Rússia, que então emergia
do comunismo. Afinal, a KGB manteve-se estruturada e operacional. Intacta. Nada
mais esperável que ela ocupasse o vazio de poder. Por aí, o oportunismo de
Vladimir Putin o levou ao mais alto posto de comando da Rússia. Ora, a KGB é
uma agência de Inteligência, sabe-se muito dentro deste tipo de organização, e,
nela, Putin ocupava posto de comando. Ele é inteligente e arrojado. Vladimir
Putin é feito presidente da Rússia. No posto de líder máximo, dispondo do
conhecimento da realidade do seu país e dos interesses lançados no tabuleiro
geopolítico, ele usou mão forte para abafar à oposição interna e influenciar
nos governos dos países ex- satélites da União Soviética. E tem mais, no cenário
internacional ele distingue a agenda da Nova Ordem Mundial, Putin decifrou a matriz
que levará ao governo mundial. Por isso lhe é claro que o Partido Comunista
Chinês ocupará a posição de locomotiva político-social no comboio do mundo
socialista–marxista surgido da simbiose globalista-comunista. Todas as nações da
Terra se prostarão diante da Nova Ordem Mundial. Sua visão mostra-lhe ser tal
fato inexorável. O comunismo será a lei condutora da multidão humana, e o
modelo de governo virá do comunismo Chinês. Vladimir Putin tem consciência
disto. Neste processo, a Rússia perderá qualquer significância. Diante de tal
futuro, o engenho de Vladimir Putin aparece de forma decidida e arrojada. O
equilibrista. Este russo, patriota e corajoso, trata de colocar a Rússia no
picadeiro do jogo geopolítico, num balancear, arriscado e decidido, entre
interesses das potências ocidentais e chineses. É fácil perceber, a agenda da
Nova Ordem Mundial trabalha por arruinar os EUA e Europa, internamente, através
da ruptura de valores e tradições e a China Comunista- aríete globalista –
imporá sua linha político-administrativa. Não existem aliados, à Rússia com
poder econômico e político limitados, só encontra saída no retomar sua condição
de superpotência militar, e, a partir daí, marcar influência no mundo. É o que
faz Putin. O neo-czar, calcado nas armas, interfere regionalmente em antigos
estados títeres da União Soviética, no Oriente Médio, na Venezuela e Cuba. É a
Rússia dizendo presente em situações tensas pelo mundo todo. Desta maneira,
envolvendo-se em conflitos ou potenciais conflitos, marca e assume protagonismo
estratégico, o faz sem tornar-se inimigo ou aliado perene de ninguém. Cada
caso é um caso. O objetivo vem sendo atingido, não há onde a posição russa não
seja considerada. Garante assim, que no futuro, jamais será transformada numa
carta fora do baralho. Vladimir Putin luta pelo quinhão russo na Nova Ordem
Mundial. Eis uma cabal demonstração que conhecimento e coragem geram poder.
Pensem nisso.
José de
Vilhena
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