Os vampiros de alma
Hollywood, na década de 1950, produziu simbólicos
filmes classe B. Entre eles,
indispensável assistir “ Vampiros de alma “. O argumento ficcional da peça trata
de clonagem sutil e secreta dos seres humanos, substituídos por réplicas alienígenas.
Tais réplicas assumiam forma física e comportamental das pessoas copiadas -que
então desapareciam-, porém, com o aterrorizante detalhe de não possuírem
emoções. Em escala global, o resultado seria transmutar humanos em meros
hospedeiros da forma de vida extraterrestre invasora. O mundo da humanidade sem alma. A ideia contida neste roteiro cinematográfico
bem serve como introito metafórico ao assunto exposto no texto a seguir. Vamos
a ele, pois. Ao observar e refletir acerca da existência no mundo hodierno,
fácil é perceber as transformações pelas quais a humanidade está a passar. Não
se trata dos naturais rearranjos vindos com o tempo. Enfim, o progresso tecnológico
e novas situações sociais chegam, e, inevitavelmente, forjam matrizes
inusitadas. Sempre foi assim. Não é a isso que me refiro. Não. Meu desejo é
chamar à atenção sobre o jamais visto pela humanidade e que se aproxima
prometendo um recomeço para nossa raça. Será uma revolução Espiritual
engendrada em círculos invisíveis ao homem comum. No planejamento estratégico
desta revolução, a primeira etapa é demolir tradições éticas e estéticas da
civilização humana. Tradições legadas historicamente por filósofos e religiões.
Platão sintetizou a questão ao afirmar: O Belo é o esplendor da Verdade. Romper
tal conceito é abrir o portal para uma nova Era, na qual, virá o tempo em que a
busca pela Beleza na sobriedade da Honra, nada mais significará nos corações e
mentes humanas.Com um pouco de interesse é fácil dar-se conta deste processo acontecendo
rápida e avassaladoramente. Eis a razão pela qual a Arte vem sendo corrompida
em todas suas formas de manifestação (cênicas, musicais, plásticas, literárias,
arquitetônicas), lançada sob a perspectiva estética capaz de tornar pornografia
e pedofilia em expressão artística, propondo a ideia de que tudo é igual. Tudo
tanto faz. Beleza, para que? Ora, uma
sociedade sem preocupação em resplandecer o Belo é uma sociedade que não busca
a Verdade. Portanto, não surpreende ver gerações sendo (des) educadas através de narrativas cuja intenção visa alterar
valores morais-honra, justiça, cultura-, cedem espaço a relativismos
desnorteantes. Assim, é formatada a ponta da lança do caos, quando a desarmonia
com o ambiente e o semelhante se vai tornando normal desenhando uma realidade
alucinada. Mergulhado nessa maçaroca o homem se vê atingido no seu intelecto e no
seu coração. Ele perde a inteligência, idealismo, altruísmo, perde a Vontade. Sentimentos
essenciais como amor, amizade, respeito, ternura, lhe são retirados. A
existência reduz-se a trabalhar, consumir, reproduzir e gozar diversões baratas.
No dia em que estes factos houverem se tornado fortemente instaurados, a
humanidade terá perdido sua alma sendo transformada meramente num rebanho, mansamente
pastoreado pelos vampiros que lhe sugaram a alma.
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