Ecologia, a linguagem sagrada
Ecologia, a linguagem
sagrada
Sim...Deus existe. E Ele não criou o
Universo, Ele é imanente ao Universo. A presença Divina que se manifesta do
micro ao macrocosmo na mágica equação de
conter e estar contido. Buscando tornar, tamanha mística, acessível ao senso
comum, vale pensar no termo Ecologia como capaz de retratar a dimensão espiritual
e material do universo. Vamos, pois, à raiz etimológica da palavra em questão. Do
grego antigo: Oikos + Logos. Oikos no
significado de Casa e Logos no de Lógica. A palavra encerra, claramente, a
ideia de “Lógica do Mundo” (funcionamento da casa). Ecologia, então, pode ser lida
como Inteligência, com a qual, funciona a sinfonia da Vida. Quem deseja
entender o mundo entre o céu e a terra, precisa estar ciente da energia sagrada
que nele transita. Só assim é possível perceber a Existência profunda. Abre-se a
visão do sublime e ela mostrará que o sol, a lua, as estrelas, a floresta, as
aguas, a montanha e as planícies transcendem à mera significância material
quantitativa, puramente física. Não. Há mais, muito mais. Antes de tudo, há um
valor metafisico, simbólico. Tal transcendência faz toda a diferença quando se
analisa a crise ecológica que angustia a humanidade. A mão humana forjou este
drama no transcorrer dos séculos e o aprofunda através de civilizações
espalhadas pelo planeta. A tragédia encerrada no drama não se limita à poluição
e contaminação da terra, água e ar, afinal, para tais mazelas a ciência acena
com o triste consolo de usar seus modelos para encontrar soluções ao problema,
ainda que, sem ser clara quanto aos efeitos colaterais daí advindos. A
degradação passa por outro elemento que a catalisa: o mal-estar existencial do
homem moderno, cada vez mais afastado da sacralidade, embrutecido na ambição
materialista e na psicótica sede de poder. Ensandecido, o homem cria armadilhas
contra si próprio. Numa sociedade vazia e desnorteada, forças de domínio se
articulam e, nos bastidores, clãs que controlam a economia e a burocracia
estatal, propagandeiam estarem aflitos com a questão ecológica. Mentem, mentem,
mentem. Usam a instintiva preocupação humana para com a Natureza como joguete no
proselitismo político, espargindo medo e anunciando bondades. Mergulhado neste
oceano de hipocrisia e desinformação, chegará o dia em que à humanidade só
restará reagir e retomar à harmonia primordial do sagrado,ou, submeter-se ao “status
quae” ateu e soberbo, que coisificando
tudo e todos, insiste em subjugar o sagrado guardado nos ecossistemas motrizes da
energia vital. Que o Espirito Santo esteja conosco.
José de Vilhena
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