sexta-feira, 13 de maio de 2022

 

Os dados ainda rolam na Ucrânia  

                
 Os dados ainda rolam na Ucrânia.                                                                                                  

 Já transcorrem quatro meses desde que escrevi e publiquei (janeiro /2022), nas redes sociais e no Jornal do Comércio de Porto Alegre,  acerca de Vladimir Putin. Tratava-se dum artigo titulado -Putin, o timoneiro russo. Há muito observo, estudo e tento decifrar este enigmático líder. A esfinge russa. Pois bem, em março de 2022 a Rússia invadiu a Ucrânia. Uma guerra unilateralmente declarada. A mim, sinceramente, tal decisão não surpreendeu. Era o desiderato óbvio da situação que se estabeleceu na relação entre os dois países. A atitude duma Rússia comandada por Putin. A paz se foi e vieram as armas. Soprou o vento  negro da guerra. Conflito que imediatamente tornou-se alvo das análises especializadas na imprensa do “ main streem” . Tais análises partem, intencionalmente ou não, dum equívoco conceitual. Lançam opiniões como se a guerra transcorresse dentro do cenário dos tempos da guerra fria. Aliás, guerra fria que foi uma farsa para implantar o medo no seio da humanidade e justificar a imensa inversão de dinheiro na indústria bélica, além, claro, de   ceifar milhões de vidas humanas. Tudo que estiver oculto será desvelado. O cenário geopolítico nos dias que correm é outro. Agora é o tempo onde a Nova Ordem Mundial expande seu poder totalitário. E, é nessa condição que Putin tenta colocar o Urso Russo numa posição de protagonista no picadeiro do mundo reiniciado que se monta celere, o admirável mundo novo, governado pelos globalistas. Na frente ucraniana não há ameaça de confronto entre tropas da OTAN e Forças militares russas, não é capitalismo contra comunismo, não corremos risco de guerra nuclear. Toda esta narrativa alarmista serve para tirar o foco do mundo ditatorial e tirânico vindo do planejamento globalista-comunista, já bem próximo de se realizar. Putin não é comunista, tampouco pretende atacar a Europa.  A intenção dele é manter a Rússia como potência protagonista, capaz de influenciar decisões na Nova Ordem Mundial.  Com este Norte, usa a capacidade militar russa para marcar presença e equilibrar forças de interesse no Oriente Médio, na América do Sul, oceano indico e extremo Oriente. Se abrir mão da Ucrânia estará cercado pelo poder militar e político do sempre citado Ocidente e China- braços da Nova Ordem Mundial-  e geograficamente sem saída imediata para aguas marítimas quentes. A economia russa ficará sob controle da agenda globalista, restando à Rússia o papel de mera supridora mundial de petróleo, gás e minérios. Coadjuvante. Putin não aceita tal figuração. É isso. Daí, vale-lhe deflagrar e realizar uma guerra de baixa intensidade enquanto tenta negociar uma aliança política com a Ucrânia.  Em contrapartida, o globalismo- comunista trabalha para colar-lhe a imagem de fanático belicoso possível ameaça à destruição planetária. Louco, que pretende restaurar, a ferro e fogo, o império soviético. Atentos aos acontecimentos aguardemos, pois, os dados ainda rolam sobre à mesa.

José de Vilhena                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              .                                                                                                      

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