quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

 


A invasão da Guiana e a cobiça internacional  pela Amazônia

Se o tirano ditador da Venezula perpetrar a invasão da Guiana, abrirá as portas à intervenção internacional na Amazônia. Para entender tal afirmação é básico assimilar conhecimento de que a Guiana é país de escassa população - vivem lá pouco mais de 700000 pessoas, contudo, a região possui importantes reservas de petróleo, gás natural, bauxita, cassiterita. O quê para a Venezuela não tem grande significado, pois o país da república Bolivariana, possui as maiores reservas de hidrocarbonetos do planeta e não consegue explorar tamanha riqueza com eficiência econômica. Parece estranho a necessidade em avançar sobre território dum país vizinho sob alegação de restabelecer fronteiras  alegadamente acordadas  em tratados não ratificados. Ou será orgulho nacional?  Enfim, tal é o frenesi pela invasão que o ditador inventou uma consulta popular para respaldá-la.   Foi aprovada por 98% dos votantes, claro, com a participação de apenas 10% dos possíveis participantes da votação. Absenteísmo de 90%%. Farsa. Parece que o tirano está se prestando a ser mero peão movimentado num tabuleiro de xadrez onde transcorre uma partida complexa. Continuemos. Continuemos numa perspectiva geopolítica agilmente detalhada. Perpetrada a invasão, o envolvimento do Brasil será inexorável. E daí?  Ficará passivo ou apresentará oposição ao movimento? Se passivo, demonstrará fraqueza e conivência com ações militares de ocupação na região Amazônica. Caso contrario, havendo reação militar, dará o sinal para apaziguadora (acredite se quiser) intervenção externa. A sempre diligente ONU acionando os aliados da Otan na defesa de soberania da Guiana e proteção à população indígena. China e Rússia, já estabelecidas na Venezuela, fatalmente participarão da pendenga, assim, interesses globais por recursos naturais e espaço físico, estarão em no olho do furacão. A cobiça por riqueza e poder redefinirão as fronteiras na Amazônia, e o único perdedor será o Brasil, sem aliados e sem força militar capaz de defender suas fronteiras; Tudo muito humanitário, democrático e republicano. Afinal, o importante é proteger a floresta e o direito dos povos originários. Vocês terão conseguido, malditos.

José de Vilhena

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