A
invasão da Guiana e a cobiça internacional
pela Amazônia
Se o tirano ditador da Venezula perpetrar a
invasão da Guiana, abrirá as portas à intervenção internacional na Amazônia.
Para entender tal afirmação é básico assimilar conhecimento de que a Guiana é
país de escassa população - vivem lá pouco mais de 700000 pessoas, contudo, a
região possui importantes reservas de petróleo, gás natural, bauxita, cassiterita.
O quê para a Venezuela não tem grande significado, pois o país da república
Bolivariana, possui as maiores reservas de hidrocarbonetos do planeta e não
consegue explorar tamanha riqueza com eficiência econômica. Parece estranho a
necessidade em avançar sobre território dum país vizinho sob alegação de
restabelecer fronteiras alegadamente
acordadas em tratados não ratificados. Ou
será orgulho nacional? Enfim, tal é o
frenesi pela invasão que o ditador inventou uma consulta popular para
respaldá-la. Foi aprovada por 98% dos
votantes, claro, com a participação de apenas 10% dos possíveis participantes
da votação. Absenteísmo de 90%%. Farsa. Parece que o tirano está se prestando a
ser mero peão movimentado num tabuleiro de xadrez onde transcorre uma partida
complexa. Continuemos. Continuemos numa perspectiva geopolítica agilmente
detalhada. Perpetrada a invasão, o envolvimento do Brasil será inexorável. E daí?
Ficará passivo ou apresentará oposição
ao movimento? Se passivo, demonstrará fraqueza e conivência com ações militares
de ocupação na região Amazônica. Caso contrario, havendo reação militar, dará o
sinal para apaziguadora (acredite se quiser) intervenção externa. A sempre
diligente ONU acionando os aliados da Otan na defesa de soberania da Guiana e proteção
à população indígena. China e Rússia, já estabelecidas na Venezuela, fatalmente
participarão da pendenga, assim, interesses globais por recursos naturais e
espaço físico, estarão em no olho do furacão. A cobiça por riqueza e poder
redefinirão as fronteiras na Amazônia, e o único perdedor será o Brasil, sem
aliados e sem força militar capaz de defender suas fronteiras; Tudo muito humanitário,
democrático e republicano. Afinal, o importante é proteger a floresta e o
direito dos povos originários. Vocês terão conseguido, malditos.
José de Vilhena
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