A Amazônia, entre a cobiça e o equilíbrio
ecológico.
A Amazônia
sempre foi uma região inóspita, misteriosa e de grandes possibilidades de
riquezas naturais. Portugal, tenho convicção, pretendeu sempre tê-la sob seu domínio,
demonstra-o bem, o esforço para controlar a foz do rio Amazonas no Tratado de
Tordesilhas, quando exigiu a demarcação das terras de Portugal até uma
longitude 370 léguas a oeste
das ilhas de Cabo Verde, ao invés das
100 léguas pretendidas pela Espanha. Durante o Brasil-Colônia, os portugueses,
com interesses econômicos mais lucrativos em outras regiões, exploraram-na
unicamente no extrativismos de suas drogas e produção de especiarias que, até
então, buscavam nas Índias. No período do Império, para defender os interesses
do Brasil ao cobiçoso francês, inglês e espanhol, manteve-se o rio fechado à navegação estrangeira até 1866. A população
aborígene na Amazônia sempre foi reduzida e o ciclo do extrativismo da borracha
trouxe os migrantes do nordeste que deram origem à ocupação populacional. Com escassa
população e área gigantesca, nos anos 1970 começaram os projetos agropastoris,
madeireiros e de mineração. Começava o desbaratamento da hileia amazônica. Solo
pobre da floresta, que o cria e dele vive em simbiose, a mata foi sendo
derrubada para exportar madeira e criar gado. O resultado, grave desequilíbrio ecológico
de efeitos planetários. A par deste processo de exploração veio a mineração. A
região guarda em suas entranhas jazidas de preciosos minerais: Ferro, Bauxita,
Cassiterita, Cobre, Manganês, Ouro e outros minérios raros, some-se aí o
Petróleo. A sociedade tecnológica, de intenso
e sofisticado consumo, não pode prescindir destes insumos. Infelizmente, no
decorrer deste processo a floresta já perdeu centenas de milhares de km2. A
nova intenção de minerar na área de Renca (entre Pará e Amapá´) é mais um passo
nesta destruição do ambiente Natural. Ora, qualquer mineração exige construção
de ferrovias, rodovias, usinas de energia, centros urbanos e espaço para
produzir alimentos, num processo de metástase destrutiva ambiental. Sim, é uma agressão brutal à vida e perigosa
ameaça à soberania do país, pois tenhamos certeza, sanções de países
desenvolvidos (hipocrisia oficial) virão. Com a permissão de imigração e compra de
terras por estrangeiros, a espada de Dâmocles paira sobre o Brasil. Ou a gente
brasileira toma ciência do que está acontecendo e define protocolos para manter
equilibradas e produtivas as nossa riquezas, ou gigantescos interesses globais
e a corrupção interna dissolverão o Brasil. Ah! Mas ainda temos futebol!
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