sábado, 2 de setembro de 2017

A Amazônia, entre a cobiça e o equilíbrio ecológico.Imagem relacionada


A Amazônia sempre foi uma região inóspita, misteriosa e de grandes possibilidades de riquezas naturais. Portugal, tenho convicção, pretendeu sempre tê-la sob seu domínio, demonstra-o bem, o esforço para controlar a foz do rio Amazonas no Tratado de Tordesilhas, quando exigiu a demarcação das terras de Portugal até uma longitude  370 léguas   a oeste  das ilhas de Cabo Verde, ao invés das 100 léguas pretendidas pela Espanha. Durante o Brasil-Colônia, os portugueses, com interesses econômicos mais lucrativos em outras regiões, exploraram-na unicamente no extrativismos de suas drogas e produção de especiarias que, até então, buscavam nas Índias. No período do Império, para defender os interesses do Brasil ao cobiçoso francês, inglês e espanhol, manteve-se o rio  fechado à navegação estrangeira até 1866. A população aborígene na Amazônia sempre foi reduzida e o ciclo do extrativismo da borracha trouxe os migrantes do nordeste que deram origem à ocupação populacional. Com escassa população e área gigantesca, nos anos 1970 começaram os projetos agropastoris, madeireiros e de mineração. Começava o desbaratamento da hileia amazônica. Solo pobre da floresta, que o cria e dele vive em simbiose, a mata foi sendo derrubada para exportar madeira e criar gado. O resultado, grave desequilíbrio ecológico de efeitos planetários. A par deste processo de exploração veio a mineração. A região guarda em suas entranhas jazidas de preciosos minerais: Ferro, Bauxita, Cassiterita, Cobre, Manganês, Ouro e outros minérios raros, some-se aí o Petróleo.  A sociedade tecnológica, de intenso e sofisticado consumo, não pode prescindir destes insumos. Infelizmente, no decorrer deste processo a floresta já perdeu centenas de milhares de km2. A nova intenção de minerar na área de Renca (entre Pará e Amapá´) é mais um passo nesta destruição do ambiente Natural. Ora, qualquer mineração exige construção de ferrovias, rodovias, usinas de energia, centros urbanos e espaço para produzir alimentos, num processo de metástase destrutiva ambiental.  Sim, é uma agressão brutal à vida e perigosa ameaça à soberania do país, pois tenhamos certeza, sanções de países desenvolvidos (hipocrisia oficial) virão.  Com a permissão de imigração e compra de terras por estrangeiros, a espada de Dâmocles paira sobre o Brasil. Ou a gente brasileira toma ciência do que está acontecendo e define protocolos para manter equilibradas e produtivas as nossa riquezas, ou gigantescos interesses globais e a corrupção interna dissolverão o Brasil. Ah! Mas ainda temos futebol!  

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