quarta-feira, 4 de outubro de 2017

A tragédia em Las Vegas


Quase 70 mortos e 500 feridos, este foi o trágico saldo na horrenda chacina em Las Vegas. A cidade construída no deserto para divertir visitantes, ironicamente, transformou-se no palco ensanguentado da brutalidade louca que pode atingir o homem.  O estúpido acontecimento, lembra que a existência jaz no caminho do imprevisível. Na cidade da fantasia a lembrança da vida crua, incontrolável e, muitas vezes, dolorosa. A civilização da indiferença onde tudo é banal e todos são vistos como coisas disponíveis à egolatria, à mercê, portanto, das demências sombrias que habitam a alma humana.  Sem amor, sem respeito, sem remorso. Numa sociedade assim moldada, não surpreende a postura de grupos de interesse no desarmamento dos cidadãos, que indiferentes ao sofrimento da agressão, enxerguem possibilidade para, através da mídia, com oportunismo exemplar, lançar e reforçar campanha contra a posse de armas, nos EUA e no mundo.  Aproveitando o ensejo para, também, atingir com a insidia da culpa, o governo de Donald Trump. A este proceder, pode-se chamar maldade cínica. Hipócritas.  Há uma espiral de violência entre nós. O Brasil é o exemplo cabal desta realidade com 60 mil homicídios por ano, milhares de desaparecidos, mal tratos á crianças, velhos, animais.  Ah! Mas, esta abordagem não merece reflexões. Quem observar, criteriosamente, o assunto concluirá que o perigo está na mente e no coração do homem, não nas armas. Combater a violência passa por estribar a sociedade na educação, no conhecimento e nos valores do espirito. Proibir posse de arma aos cidadãos não reduzirá a violência.  Ao contrário, provavelmente, a fará crescer. Porém, manter o estado de violência, instigando o medo, servirá de álibi para alcançar o objetivo do completo desarme das gentes. Quando chegar tal etapa, o poder do Estado e das megacorporações dará um passo definitivo para o total controle sobre a população. As vidas perdidas neste processo de dominação serão as dos mártires lembrados com lágrimas e flores.   

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