A
tragédia em Las Vegas
Quase 70 mortos e 500 feridos, este foi o trágico saldo na
horrenda chacina em Las Vegas. A cidade construída no deserto para divertir
visitantes, ironicamente, transformou-se no palco ensanguentado da brutalidade louca
que pode atingir o homem. O estúpido
acontecimento, lembra que a existência jaz no caminho do imprevisível. Na
cidade da fantasia a lembrança da vida crua, incontrolável e, muitas vezes,
dolorosa. A civilização da indiferença onde tudo é banal e todos são vistos
como coisas disponíveis à egolatria, à mercê, portanto, das demências sombrias
que habitam a alma humana. Sem amor, sem
respeito, sem remorso. Numa sociedade assim moldada, não surpreende a postura
de grupos de interesse no desarmamento dos cidadãos, que indiferentes ao
sofrimento da agressão, enxerguem possibilidade para, através da mídia, com
oportunismo exemplar, lançar e reforçar campanha contra a posse de armas, nos
EUA e no mundo. Aproveitando o ensejo
para, também, atingir com a insidia da culpa, o governo de Donald Trump. A este
proceder, pode-se chamar maldade cínica. Hipócritas. Há uma espiral de violência entre nós. O
Brasil é o exemplo cabal desta realidade com 60 mil homicídios por ano, milhares
de desaparecidos, mal tratos á crianças, velhos, animais. Ah! Mas, esta abordagem não merece reflexões.
Quem observar, criteriosamente, o assunto concluirá que o perigo está na mente
e no coração do homem, não nas armas. Combater a violência passa por estribar a
sociedade na educação, no conhecimento e nos valores do espirito. Proibir posse
de arma aos cidadãos não reduzirá a violência.
Ao contrário, provavelmente, a fará crescer. Porém, manter o estado de
violência, instigando o medo, servirá de álibi para alcançar o objetivo do completo
desarme das gentes. Quando chegar tal etapa, o poder do Estado e das
megacorporações dará um passo definitivo para o total controle sobre a população.
As vidas perdidas neste processo de dominação serão as dos mártires lembrados
com lágrimas e flores.
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