IPTU, tributação sobre a propriedade
Inicia o ano
de 2020, e com ele, a rotina da saraivada de impostos que assola a população do
Brasil. Em Porto Alegre, o precursor das hordas dilapidadoras dos bolsos, já
bate – invade- nossas portas, o draconiano IPTU (Imposto Predial e Territorial
Urbano). Desta vez, chega aumentado em sua importância pecuniária. Atualização
da Planta de Valores do Município, argumentam os burocratas. A população -no marcante
traço do egoísmo nacional-, só é capaz de exclamar: O meu imposto está muito
caro! O meu IPTU é um absurdo! Contudo, ninguém – ou quase ninguém- ousa
questionar o quê ele significa na existência dos moradores urbanos. Como sempre,
há, por meio do Estado (município, no caso) a justificativa de tratar-se dum
esforço para melhorias. Acredite se quiser. Bem, para começo de conversa, por
definição, algo com justo intuito jamais seria representado pela palavra Imposto,
ao invés, chamar-se-ia convite, apoio, contribuição e outras expressões que refletem
colaboração. Basta de hipocrisia. De fato, o cidadão é taxado sobre suas posses,
ele é punido por haver investido na edificação da Polis. Injustiçado na
participação da matriz urbana. O IPTU é uma tributação sobre a propriedade, não
uma taxa para manter a infraestrutura da urbe. Eis o fundamento. Quando se
possui uma residência pagam-se os serviços essenciais da luz, iluminação
pública, água, recolhimento do lixo, até mesmo a calçada. Outras necessidades sócio
urbanísticas, poderiam ser cobertas pelo ICMS, ISSQN, IPVA, IPI, IRRF entre tantos
tributos existentes, que se reforme a coleta e repasse dos mesmos. Urge a
reforma. Uma sociedade democrática não deve restringir a liberdade individual e
dificultar a existência da propriedade privada. Na boa vontade do conformismo,
o munícipe pode crer que haverá mais dinheiro para aprimorar as condições
urbanas, infelizmente não é a praxe, a história autoriza supor que o ingresso
de novas divisas no erário municipal, acabam destinadas à benesses corporativistas,
entre as quais, reajustes ou aumentos
salariais a servidores, prefeito e vereadores. Esperar para ver. Inexorável, a
vontade Estatal se impõe às pequenas consciências incapazes de enxergar além do
próprio quintal. Silencioso, advém o dano econômico duma legislação que
pressiona as finanças privadas na cidade e induz residentes a migrar buscando
locais onde o custo de moradia é menor. Sic transit, gloria mundi
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