Durante a celebração da semana Farroupilha, minha
filha chegou em casa com o arzinho de indignação e, do alto dos seus treze
aninhos, me falou: A professora disse que o nosso hino (rio-grandense) despreza
a cultura africana. Hein? Perguntei, porquê.
Ah! o hino diz que povo sem virtude acaba por ser escravo, mas que entre os
escravos havia muita sabedoria e honra. Continuou a menina, tive vontade de dizer que a
expressão escravo, na letra, não se refere à condição de servir um senhor, na
verdade, a virtude deve nos afastar dos nossos vícios e medos,eles é que nos escravizam.
E tem mais, a professora perguntou quais são as façanhas que os Farrapos
realizaram para servir de modelo a toda terra? Eu sei qual é pai, oferecer a
própria vida pelo ideal que acreditavam. –Estes pensamentos, falaste pra ela? Perguntei.
Não, tu sabes que sou tímida, mas da próxima vez, juro, eu digo. Muito bem,
respondi, e a abracei com sentido orgulho.
quinta-feira, 29 de setembro de 2016
domingo, 18 de setembro de 2016
Brasil, e agora?
Enquanto não for entendido que um país se
constrói com estratégias, o Brasil viverá de espasmos comandados pelo mercado
global. E pior, trilhará a permanente instabilidade trazida pela corrupção e injustiça
social, num ambiente propicio aos demagogos e oportunistas de plantão. Breves
linhas, as escrevo, para chamar atenção sobre o instante histórico pelo qual passa
a nação brasileira, onde chega às ruas parte da iniquidade do sistema condutor
do país há décadas. Muito ainda virá. Dizem: da crise vem a oportunidade, pois
então esta pode ser a chance para pensar a estrutura, socioeconômica, da
civilização brasileira. Ao olhar as páginas do passado, é fácil notar, desde
1500 este país colossal se tem mantido através da constante exploração das
possibilidades da Natureza local. Foram ciclos de mera retirada das dádivas
naturais, Pau-Brasil, cana de açúcar, ouro e diamantes, café e soja. Neste
compasso, cinco séculos passaram, sem que uma consistente capacidade de agregar
valores à produção primária se estabelecesse, sem a possibilidade da população
conseguir avançar através da educação. Diante de um povo despreparado em
conhecimento e uma economia sem fluidez por falta de infraestrutura, a produção
de riqueza pela sociedade, manteve-se atrelada à venda de comodites para o
exterior. Daí resulta, o Estado inchado e empregador, necessariamente
subordinado ao sistema financista global e às megacorporações
industriais-comerciais. Emerge, assim, como solução interna, o socialismo assistencialista,
bancado por interesses exógenos. O
Brasil escreve sua História como almoxarifado dos negócios globais. A economia
brasileira é um joguete instável e imprevisível, portanto. Os brasileiros vivem o cotidiano desta
instabilidade, num cenário de salve-se quem puder. Agora, não basta a óbvia
troca de governo. Urge ir além. Verificar porquê o Brasil não é o que deveria
ser. Consolidar a nação. Não sendo assim, o destino é continuar assistindo
televisão e tomando cerveja. Ad infinitum.
quarta-feira, 14 de setembro de 2016
Olavo de Carvalho - Falsas Disputas na Política Brasileira
Eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada. Grande acordo politico-partidário demoliu o Brasil. Não acredito em partidos , contudo, sei que o indivíduo faz a diferença.
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
Escola sem ideologia, liberdade mental
O Brasil, quando do seu achamento, nos anos 1500, foi
considerado como uma terra de Natureza misteriosa. Faz algum tempo e,
principalmente nos anos 2000, tornou-se um país misterioso nas suas instâncias
e circunstâncias, leis são propostas, sancionadas, aplicadas e interpretadas
sem que aqueles sujeitos a elas as conheçam ou aceitem. E, ainda pior, a
burocracia estatal determina e executa projetos em áreas fundamentais da nação,
criando estratégias para alcançar objetivos alheios à imensa maioria da
população. Apenas por detrás das portas dos gabinetes, estejam internos ou
externos, às fronteiras brasileiras, são conhecidos tais objetivos. Pois, assim
acontece com a educação da nossa juventude. O papel da escola vem sendo
redefinido, sub-repticiamente, em um programa de mudança mental e social.
Pedagogias surpreendentes desvalorizam o conhecimento e o esforço, aproveitando
para transformar salas de aula em púlpitos, onde professores (formados sob a
nova ordem pedagógica), dispondo do convencimento que a autoridade confere, doutrinam
mentes e corações de jovens, cerebralmente lavados, e preparados desta forma, para
assumir a missão de pretensos agentes sociais. Na mídia, transita,
insistentemente, o viés de julgar a situação do ensino através, unicamente, das
condições materiais das escolas e salários de professores, componentes
importantes, mas, longe de responsáveis únicos pelo processo eficiente na
formação de um aluno. De qualquer forma, temos professores interessados e a
maior parte das escolas brasileiras dispõe de condizentes condições materiais.
De fato, a avaliação deve focar no quê se ensina e como se o faz. Portanto,
muito bem vindo é o projeto de lei, que tramita no Senado, propondo Escola sem Ideologia.
Ideologias servem partidos, e estes, a interesses à miúde distantes das justas
necessidades do país e do bem-estar do indivíduo. A escola existe para o conhecimento, de forma
a libertar os espíritos, não aprisioná-los em doutrinas.
sexta-feira, 2 de setembro de 2016
Aretha Franklin, racismo e a estratégia da cizânia
Adoro Blues e Jazz, atrevo-me a dizer que conheço
razoavelmente bem estas duas expressões musicais, nascidas e criadas nos EUA.
Pois muito bem, os grandes artistas desta musica são homens e
mulheres negras estadunidenses. Faz poucos dias, recebi uma postagem, via face
book, apresentando um show de Aretha Franklin (adoro, maravilhosa), onde era
feita citação à magnifica interpretação como prova cabal que o racismo pode
ser vencido. Ah! Faz favor, isto é misturar alhos com bugalhos. Dramatizar o
racismo, nos dias de hoje, soa como ridículo e ofensivo, parece-me, isso sim,
que este tipo de referência, faz parte de uma estratégia cuja pedra angular é gerar
a cizânia. Desta forma, é alardeada, massiva e maciça, propaganda para criar
antagonismo entre brancos e negros, velhos e moços, pobres e ricos, heterossexuais
e homossexuais, pais e filhos, mulheres e homens, aborígenes americanos contra
europeus, esquerda e direita, por aí vai. Deve haver razão para tal estratégia.
Será dividir para triunfar? Triunfar sobre a multidão enlouquecida pelo medo,
pela culpa do politicamente correto, pavimentando, desta forma, o caminho que
levará a uma sociedade de siderados, cuja vida tornar-se-á a miséria reducionista
do comunismo que utiliza as pessoas como meros entes destinados a produzir,
consumir e reproduzir. Surgirá, por fim, uma Nova Ordem Mundial, onde somente
uma oligarquia, poderosa e rica, possuirá direito de decidir aquilo que deve ou
não ser feito. Isto, se a humanidade se mantiver indiferente. Contudo, é bom lembrar: não é possível
enganar todos o tempo todo. De minha parte, está estória de propagar cizânia já
encheu as medidas. Eu fora.
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