terça-feira, 28 de junho de 2016

Não há lugar para ingênuos


Hoje acordei indignado. Estou de mal com a ingenuidade tola dos brasileiros que insistem em não perceber a realidade onde estão inseridos. A gente brasílica teima em ser o cego que não quer ver nem ouvir. É o pior tipo. Acordem, estamos no tenebroso oceano das incertezas, dirigidos por um governo apêndice daquele que deixou a nau à deriva e que não voltará ao timão, suspeito mesmo, nem deseja voltar. Pois bem, as mídias começam a falar em eleições e candidaturas para 2018.  Surgem nomes da dita Direita, no velho estilo Direita-Esquerda. Vamos parar com essa conversa, esta dualidade política, mero jogo de palavras, serve para enganar desavisados, elas são dois caminhos distintos para chegar a  mesma Roma.  Debaixo de véus diferentes, praticam a política de estabelecer os interesses da Oligarquia Globalísta. Reparem, a estrutura de dominação permanece intacta nas administrações dos governos, proclamem-se eles de Direita ou Esquerda. Em qualquer campo, -seja nas finanças, meio–ambiente, produção agrícola e industrial, educação, informação, saúde , segurança, equilíbrio social-, as ideologias esquerdistas e direitistas seguem a mesma cartilha(escritas nas salas da ONU), para conduzir os países. As palavras mudam, mas as atitudes permanecem iguais. Resulta que a falsa disputa entre Esquerda-Direita, manterá sempre instabilidade para o homem da rua, em paralelo, garantirá a intocabilidade do sistema controlador. Não é isso que precisamos, trocar o capataz não nos fará livres. A luta é para iniciar um processo que assegure capacidades individuais e coletivos perenes. Para tanto, educação, conhecimento, expectativa de mobilidade social, desenvolvimento da espiritualidade, devem ser os pilares da nação. Sem tal perspectiva, a humanidade verá nações ruírem e será mantida refém, cada vez mais, por uma Ordem opressora que utiliza ferramentas ideológicas, num campo pretensamente democrático, para dominá-la e conformá-la, cada vez mais , talvez ad infinitum.

sexta-feira, 24 de junho de 2016


Good news! A Grã Bretanha sai da União Européia

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Good news! A Grã Bretanha decidiu sair da União Européia. Quando conheci as ilhas britânicas, há 35 anos, tive a oportunidade de morar alguns meses em Londres, claro conhecia bem a História daquele grande império, mas foi no contato diário com aquela sociedade que aprendi a admirar e gostar daquele país e seu povo. Havia então muitos estrangeiros vivendo lá, principalmente hindus, paquistaneses, jamaicanos, consequência do imperialismo britânico. Naquelas calendas os britânicos tinham sua vida e seu país. Devo dizer, não era época de riqueza igual  a que o Reino Unido dispõe nos dias de hoje. Riqueza que vi crescer ao longo dos anos, quando visitava o país. Em contrapartida, observei a invasão desmedida de estrangeiros de todas as partes do mundo, que paulatinamente  foram segregando a gente anglo-saxã dentro do seu próprio território, numa insustentável situação agora rejeitada por eles  e demonstrada com a votação pela saída da União Européia( porta de entrada da politica de imigração liberada). Para os britânicos, o tempo mostrou que o enriquecimento material não justifica a perda das tradições de uma nação. O fugaz crescimento na capacidade de consumo não pode fazer as pessoas esquecerem seus valores históricos, sob pena de transformá-las em meras compradoras de quinquilharias, que a longo prazo , as reduzirá à  estatística nos relatórios econômicos globais. Contra isso, disseram Não. Aí está uma resistência à destruição das nações que a oligarquia globalista intenta, sob a promessa de um mundo igualitário, mas que na realidade pretende fazer da humanidade uma geléia geral sem princípios tradicionais onde se arribar. A civilização humana deve ser um mundo de fraternidade, porém, construída sob o respeito à História e  tradições dos povos. Esta é a antítese da globalização materialista onde o centro é a economia e o Ser humano não passa de gado cuja vida se reduz a produzir, consumir e reproduzir. Melhor viver uma existência mais simples a trocã-la pelo brilho do consumo cegante, sem direito a conhecer a identidade deixada pelos antepassados.  A História é rica em exemplos de civilizações que desapareceram por não haverem  compreendido, em tempo, este fato. Que a atitude da gente britânica sirva de luz ao mundo. Afinal, como disse Eça de Queiroz: Portugal foi feliz, por muito tempo, com assoalho de tábua  e cadeirinhas de palha.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Greves, Ocupações, e a Escola que forma zumbis


Mais uma vez, lenta e sobressaltadas pela incerteza, as crianças no Rio Grande do Sul voltam às aulas. Conheço esta história desde os anos 1980.  As greves, de então, contavam com o apoio da população, afinal seu nobre objetivo era melhorar as condições salariais dos professores, e via de consequência, elevar a qualidade do ensino na escola pública. Muito justo, muito nobre. Mas o tempo passa o tempo voa, foram-se quase 40 anos e a condição pecuniária dos mestres continua a mesma, em paralelo, o nível do ensino na rede pública só faz decair. A conclusão central é de que não existe, de fato, interesse verdadeiro em construir uma escola aprimorada no ensino da juventude escolar do Brasil e destacadamente no Rio Grande do Sul. Não, é outra a intenção das greves constantes e as ocupações atuais. Ora, para demolir uma nação é vital destruir a educação de sua gente e desconsiderar as tradições esculpidoras da cultura.  Eis o motivo pelo qual o ensino na escola pública (principalmente) vem sendo desviado da missão de alargar a capacidade cognitiva e ampliar conhecimentos científicos e éticos das gerações. Ao invés disto, sistematicamente, a escola serve como fórum de debates para temas sociais cujo lugar correto são os parlamentos políticos. Tal situação não acontece fortuitamente, há um ganho quando as salas de aula se transformam em trincheiras das questões sociais, outro não é, senão, doutrinar as mentes ainda sedentas de horizontes. Crianças e adolescentes, vivendo na maioria, num meio onde a família foi desestruturada, veem-se hipnotizadas pela palavra do professor encarregado de educá-las e que muitas vezes substituí a figura paterna e materna. Nesta condição, os docentes são figuras centrais para estabelecer a Nova Ordem. Portanto, colocá-los dentro do perfil adequado para conduzir a postura dos jovens aprendizes é ação crítica no processo de dominação. Assim, no curriculum de um professor, em qualquer nível, exige-se curso de pedagogia, especialização, pós-graduação e outros que tais.  Nestes cursos, apreendem novos conceitos, novas pedagogias. Além de encher paredes com diplomas, não entra em questão a quem serve o modelo mental induzido aos encarregados de ensinar multidões de pupilos. A ideia condutora no magistério é fazer carreira e ser aceito pela   intellegéntia acadêmica onde transitam. Mas, e o conhecimento e a vocação? E o compromisso com as gerações futuras da pátria? E a dúvida? Isto é de somenos importância.  O importante é preparar gente capaz de implantar o modelo da Nova Ordem, com a nova visão de cidadania. Diretrizes  pensadas pelos ideólogos globalístas da ONU. A fase final será controlar a educação e o conhecimento, e a partir daí, dirigir os corações e mentes da humanidade, transformada, então, num rebanho que nem pastor precisará.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Noventa e quatro anos da revolta do Forte de Copacabana 1922-2016

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05 de julho/1922- 2016)

 Noventa e quatro anos da revolta do Forte de Copacabana 


Aprendi que a História é como uma peça de salame, quando a cortamos em fatias, perdemos a noção das suas dimensões. Eis o motivo pelo qual episódios históricos, apresentados sem as conexões devidas, acabam transformados em meros relatos de fatos. Perde-se, aí, o sentido de apreensão de conhecimento disponível que o quebra-cabeças do comportamento humano ensina. Mas, saiamos deste introito macro e apontemos o holofote para o Brasil, mais acuradamente, ao Rio de Janeiro no remoto 1922. O ano de 1922 foi mágico no Brasil. A sociedade brasileira ardia em desejos de mudança. Nestas calendas, precisamente no dia 5 de julho, eclodiu uma revolta militar na capital federal, marcando o início dos desdobramentos políticos, que inexoráveis, acabaram por transmutar o país, fazendo-o entrar no século 20. Todos os acontecimentos políticos relevantes do século passado foram, no Brasil, de alguma forma, influenciados pela epopeia de Copacabana, registrada nas páginas da História do país, como A revolta dos 18 do Forte de Copacabana. Decepção, foi a decepção que a fez eclodir. A República mostrava-se uma farsa, um regime onde as oligarquias econômicas haviam se apoderado das decisões políticas. O estado de corrupção, pobreza e abandono do povo, indignavam a jovem oficialidade do Exército, forjada sob a influência doutrinária do Positivismo. Ordem e Progresso, era o que ansiavam, a realidade mostrava outro mundo. Conchavos políticos governavam o país e sob uma fachada democrática, havia a ditadura dos compadres defendendo interesses cartoriais. Nesta cena, uma carta, supostamente assinada por Arthur Bernardes, então representante dos grupos oligárquicos no poder, e postulante à cadeira presidencial nas eleições de 1922, ultrajava o Exército. Ela serviu como pretexto para o levante de julho na capital federal. A revolta militar, liderada por jovens oficiais (os tenentes), planejava insurgir as tropas no Rio de Janeiro e depor o governo, impedindo Arthur Bernardes de assumir a presidência. A ação, entretanto, fracassou, somente a guarnição do Forte de Copacabana e a Escola Militar (rapidamente debelada) se levantaram. Sozinho e cercado, o contingente revoltoso do Forte ficou sem capacidade de ação, seus comandantes liberam a tropa da luta suicida. Vinte e oito homens permanecem intramuros e são eles os que abrem o portão da fortaleza e rumam na direção do Catete. Durante a caminhada, abandonos acontecem. E quando o embate definitivo ocorre, estavam reduzidos a 18 mártires heróis,-17 militares e 1 civil adesista. No choque com as tropas legalistas apenas 2 homens, entre eles, sobreviveram. O sangue na areia de Copacabana não se derramou em vão. Não foi o fim, era o começo. O início duma jornada. O movimento Tenentista havia sido deflagrado, e exatamente dois anos após, dia 5 de julho de 1924, São Paulo se rebela numa batalha que dura 3 meses. Desalojadas de São Paulo, as tropas revolucionárias permanecem em luta no interior do Paraná, e em outubro do mesmo ano, o terceiro ato do processo acontece na fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, onde os tenentes levantam as unidades militares, apoiados por grupos civis. As forças vindas do sul se agrupam aos remanescentes do corpo paulista no Paraná e formam uma coluna revolucionária que cruza o país durante 3 anos, percorrendo 27000 km.  Trata-se da Coluna Prestes, nome pelo qual ficou conhecida após desmobilizada. Estes bravos
desmoralizaram a ditadura civil e deram o suporte militar à revolução de 1930, que vitoriosa, levou Getúlio Vargas ao poder. A Era Getulista moderniza o país, e sua administração política é regionalmente assumida pelos tenentes na missão de interventores. Houve um salto na organização social e econômica do Brasil. Ambições dos antigos caciques políticos e tempos de expansão de ideologias messiânicas conturbaram o governo Vargas e o transformam-no ditador em 1937.  O Corpo Militar, ainda impregnado com o ideal republicano positivista, afasta-se dele e pouco tempo depois do fim da II guerra mundial, outubro de 1945, o depõe pacificamente. No calendário era 1951, quando Getúlio Vargas retorna à presidência através do voto, mas envolvido pela corrupção insidiosa, comete o suicídio no mês de agosto de 1954. A partir daí, o país mergulha na instabilidade e se vê lançado no caldeirão da guerra fria. A intervenção militar de 1964 é o coroamento da revolução positivista iniciada pelos tenentes no distante 1922. Estabelece-se o regime militar, sem vocação totalitária ele trabalha para modernizar e estabilizar o país. Veio o esforço para montar uma infraestrutura renovada, combater a corrupção, dinamizar a economia, dar educação básica para o povo e, claro, combater o comunismo (perigo que realmente nunca existiu). Bem, o regime militar alcançou muitos objetivos e falhou em outros. É a Vida.  Ao esgotar o período militar, retorna triunfante a incensada democracia. O sistema criado pelos gregos antigos seria, crença generalizada, a redenção do país. Na verdade, o factoide de democracia no Brasil, fez ressurgir a Fênix dos interesses obscuros, inimiga do país. Neste ato, grupos sedentos de poder e ouro, assumem o comando das decisões político-administrativas da nação. O Brasil entra num processo deletério. O vicio antigo da corrupção destrói a educação, cultura, equilíbrio econômico.  Corroída e sem rumo, a civilização brasileira vê o surgimento de uma casta dirigente, supostamente eleita pelo próprio povo. É a nova oligarquia, vinda das urnas enganosas.  Mutatis mutantes, a mesma situação vivida na primeira república dos anos 1900. Depois de quase um século do sacrifício em Copacabana, estamos de volta ao começo.  O gigante precisa despertar do sono infantil.


Nomes de alguns dos heróis que mancharam com seu próprio sangue as areias de Copacabana.

Tenente Eduardo Gomes (gravemente ferido, sobreviveu0
Tenente Mário Carpenter
Tenente Nilton Prado
Tenente Siqueira Campos (gravemente ferido, sobreviveu)
Otávio Corrêa – civil
1° Mec. Eletr. José Pinto de Oliveira
Soldado Manuel Antônio do Reis
Soldado Hidelbrando da Silva Nunes

-Trecho de uma carta escrita por Juarez Távora, um dos mais importantes e ativos líderes do movimento tenentista, em 1926 quando preso na Ilha das Cobras:
Será desalentador que após tantos sacrifícios tudo volte a mesma deplorável desordem que nos avilta e aniquila; à mesma opressão mesquinha e degradante que nos envergonha a consciência de homens livres.

sábado, 4 de junho de 2016

A  Formação Futebolística e os Resultados


Tenho consciência, o Futebol é o ópio do povo. Contudo, adoro participar do mundo futebolístico. Faz parte da minha rotina acompanha-lo in loco, na televisão e rádio. Às vezes, participo de programas radiofônicos com este mote. Infelizmente, a idade já não me permite praticar o esporte bretão. Pois bem, escutava eu um programa de rádio, no formato de debates, quando a pergunta de um repórter esportivo chamou-me à atenção: Porquê o Brasil não consegue formar futebolistas de destaque e Colômbia, Equador e Uruguai, países de população muito menor que a brasileira, forjam notáveis talentos na América do Sul. Realmente, à primeira vista, parece inexplicável. Tenho refletido sobre o assunto, e vou me atrever a relacionar razões fundamentais para justificar o aparente paradoxo. Sem mais delongas, o motivo está na política de formação de jovens nas categorias de base dos clubes. Os meninos são selecionados por princípios biométricos, altura, musculatura, peso, velocidade e outros atributos atléticos. Para exemplificar: goleiros devem ser magros e compridos. Claro, todo mundo tem que ser volante, correr e desfazer jogadas, é o futebol competitivo, as torcidas adoram.  Há muita pressa, novos jogadores devem ser rapidamente lançados no mercado, afinal, são mercadorias potencialmente muito lucrativas. No arquétipo do indivíduo em preparação não há, no modelo mental, espaço para desenvolver amor ao clube, o importante é triunfar como profissional. Desta forma, são desprezados valores etéreos importantes no desenvolvimento do caráter. Formados, sem dar espaço á criatividade e habilidade, perdendo o conceito do individual, desprovido da gana amadorística, os clubes brasileiros despejam nos gramados uma multidão de medíocres, que praticam, cada vez mais, o futebol difícil e tedioso. E, refletindo o atual momento histórico da nossa civilização, criam incompetentes presunçosos, marca clara duma decadência, na qual a seleção nacional acumula vexames inacreditáveis. Pobre futebol brasileiro.